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A frustração de mais uma previsão eleitoral de Bolsonaro

Prognósticos de recuperação do presidente caem por terra um após o outro, revelando um descompasso entre o discurso otimista e a realidade

Por Daniel Pereira Atualizado em 1 ago 2022, 09h28 - Publicado em 31 jul 2022, 13h01
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  • Em fevereiro, Ciro Nogueira — ministro-chefe da Casa Civil, coordenador da campanha à reeleição de Jair Bolsonaro e prócer do Centrão — fez o seguinte prognóstico em entrevista a VEJA: “Eu não tenho dúvida de que o presidente teve um mau momento nas pesquisas, mas daqui a dois meses ele vai estar empatado com Lula na margem de erro e, nas convenções, já vai estar na frente. Depois, vocês vão começar a fazer as contas para saber se o presidente Bolsonaro ganha no primeiro turno”.

    Até aqui, nenhuma das partes dessa previsão se concretizou. Em maio, dois meses após a declaração do ministro, Lula continuava à frente de Bolsonaro com ampla vantagem nos levantamentos da Genial/Quaest (46% a 29%), XP/Ipespe (45% a 34%) e Datafolha (48% a 27%). Em público, aliados do presidente desdenharam desses dados, mas nos bastidores reconheceram que o ex-capitão estava sim atrás. Em junho, o próprio Ciro Nogueira dizia em conversas reservadas que, nas pesquisas internas dos governistas, a desvantagem era de oito a dez pontos percentuais.

    O empate, portanto, não aconteceu. E agora também está claro que, ao contrário da previsão do ministro, Bolsonaro não ultrapassou Lula no período das convenções partidárias, que começaram no dia 20 de julho e se encerram no próximo dia 5. Pesquisa XP/Ipespe do último dia 25 mostra Lula com 44% das intenções de voto, e Bolsonaro com 35%. Já o Datafolha divulgado na quinta-feira, 28, deu uma vantagem ainda maior para o petista: 47% a 29%.

    Bolsonaro é o primeiro presidente que tenta a reeleição a estar atrás nas pesquisas a menos de três meses da votação. A desvantagem para Lula e a dificuldade de encurtar a distância levaram o mandatário a apostar na gastança numa tentativa de recuperar terreno. Na entrevista a VEJA de fevereiro, Ciro Nogueira descartou, por exemplo, a possibilidade de o governo ampliar o valor do Auxílio Brasil. Foi mais um erro de diagnóstico.

    Diante do risco de derrota, Bolsonaro lançou um pacote de 41 bilhões de reais para financiar uma série de medidas — entre elas, o reajuste do Auxílio Brasil de 400 reais para 600 reais. Hoje, nenhum aliado do ex-capitão cogita uma vitória dele no primeiro turno, algo que, conforme Nogueira, entraria na agenda de debates do país. A conversa entre os governistas é bem diferente: eles querem evitar a qualquer custo a vitória de Lula no primeiro turno, cenário possível segundo o Datafolha, mas considerado improvável por outros institutos.

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