O presidente Jair Bolsonaro reclama muito. Ele reclama dos jornais brasileiros, dos jornais estrangeiros, das revistas brasileiras, das revistas estrangeiras, do presidente da Câmara, dos ministros do Supremo, do ex-ministro Sergio Moro, dos governadores, da quarentena. Reclama até da falta de futebol. Bolsonaro só não pode se queixar da atuação da oposição.
Desde que tomou posse, o presidente tem tido uma posição tranquila, quase inexistente. Seus percalços foram ou por absoluta imperícia administrativa própria ou por não saber lidar com fatores externos, como o coronavírus. De resto, os principais críticos de Bolsonaro são pessoas que o próprio capitão empurrou para fora do barco, como João Doria, a turma do PSL, Sergio Moro, Luiz Henrique Mandetta. Até Lula parece ter perdido o instinto político que sempre foi uma característica.