Hamilton Mourão tem 65 anos, é gaúcho de Porto Alegre e general da reserva do Exército Brasileiro, segunda patente mais alta da corporação. Quem o conheceu no começo dos anos 2000 nunca imaginaria que ele se tornaria vice-presidente da República. É o caso do colunista Augusto Nunes, que passou sete dias com o militar na fronteira do Brasil com a Venezuela. O jornalista conta que o general sempre teve pensamentos próprios, se interessava por política, mas não pensava em se candidatar.
No entanto, quando ainda estava na ativa, Mourão partiu para o ataque contra os governos de Dilma Rousseff e de Michel Temer. Como resultado, foi colocado num cargo burocrático no Exército e, em seguida, foi para reserva. Logo depois, foi convidado para entrar no PRTB de Levy Fidelix.
Mourão não foi a primeira opção de Jair Bolsonaro para a chapa presidencial. Depois de sondar o amigo Magno Malta, a advogada Janaína Paschoal e até o príncipe Luiz Philippe de Orleans e Bragança, o então deputado federal encontrou no general Hamilton Mourão o parceiro para a campanha que se tornaria vencedora em outubro de 2018.
Após a posse, Mourão se tornou uma voz destoante no Planalto, mas quem acompanha a sua trajetória entende melhor como pensa o general.