Pela primeira vez desde o início da guerra, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky admitiu que seu exército está realizando uma ofensiva em território russo.
A Ucrânia lançou um ataque surpresa na última terça-feira, 6, avançando pela região ocidental de Kursk, na Rússia. Um vídeo publicado na sexta mostrou soldados ucranianos alegando ter controle sobre a cidade, bem como o domínio sobre as instalações de gás natural da empresa Gazprom.
Em um discurso em vídeo na noite de sábado, Zelensky agradeceu às tropas ucranianas e disse que o exército estava “levando a guerra para o território do agressor”.
“A Ucrânia está provando que pode restaurar a justiça e garantir a pressão necessária sobre o agressor”, afirmou o presidente.
Resposta russa
Neste domingo, 11, o Ministério da Defesa russo reconheceu que as tropas ucranianas avançaram pelo território, informando que enfrentou soldados a 25 km e 30 km da fronteira. O órgão também disse ter derrubado 35 drones e 4 foguetes durante a madrugada.
Na noite de sábado, o governador de Kursk, Aleksei Smirnov, afirmou que um “ataque traiçoeiro” ucraniano havia deixado feridos. Segundo Smirnov, os destroços de um míssil abatido caíram em um prédio e feriram 13 pessoas. Os governadores de Voronezh e Belgorod, cidades russas vizinhas, também relataram um ataque de drones ucranianos durante a noite, mas sem citar feridos.
Moscou prometeu uma resposta “dura” à incursão.
Pedido de cautela
Na sexta-feira, a agência nuclear da ONU pediu cautela nos ataques tanto da Rússia quanto da Ucrânia, já que os combates se aproximavam da usina nuclear de Kursk, uma das maiores instalações nucleares no país.
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