O presidente da China, Xi Jinping, planeja visitar a Rússia já na próxima semana, segundo uma investigação da agência de notícias Reuters divulgada nesta segunda-feira, 13. O líder chinês acaba de assegurar um inédito terceiro mandato, tornando-se o mais poderoso chefe de Estado do país desde Mao Tsé-Tung, e colocou ambições militares como prioridade para os próximos cinco anos de governo.
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Uma visita de Xi na próxima semana é considerada mais cedo do que o esperado. O presidente russo, Vladimir Putin, que já convidou publicamente o colega chinês para ir a Moscou sem especificar uma data, provavelmente retratará isso como uma demonstração de apoio à Rússia na guerra contra a Ucrânia.
As fontes consultadas pela Reuters sobre o assunto não quiseram ser identificadas devido à sensibilidade do assunto. Nem o Ministério das Relações Exteriores da China nem o Kremlin confirmaram a visita.
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Xi, de 69 anos, foi endossado por unanimidade pelo Congresso Nacional do Povo como presidente da China por mais cinco anos, em uma votação coreografada e cerimonial na sexta-feira 10, tornando-se o chefe de estado mais longevo do país desde 1949. A sessão deste ano também remodelou a cúpula do governo, dando papeis-chave a correligionários do líder.
Em um discurso no encerramento do Congresso, Xi enfatizou a necessidade de se opor às influências “pró-independência” em Taiwan, estabelecendo suas prioridades para a China. O líder também descreveu a necessidade de “reunificação nacional” como a “essência do rejuvenescimento nacional”.
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O Partido Comunista Chinês nunca governou Taiwan, uma ilha democrática, mas a considera uma província renegada que deve se “reunificar” com o continente, pela força, se necessário. Xi classificou a reivindicação da China sobre Taiwan como um imperativo histórico, em meio às crescentes tensões com os Estados Unidos.
O líder chinês prometeu ainda fortalecer a segurança nacional e transformar as forças armadas em uma “grande muralha de aço” no primeiro discurso de seu terceiro mandato, que quando completo marcará 15 anos do mesmo presidente no poder.
“(Devemos) transformar o Exército Popular de Libertação em uma grande muralha de aço que proteja efetivamente a soberania nacional, a segurança e os interesses de desenvolvimento”, disse Xi aos quase 3.000 delegados do Congresso Nacional do Povo.