O presidente da China, Xi Jinping, acendeu um alerta para a necessidade de que as forças armadas “reforcem o treinamento militar orientado para o combate real”, em meio ao aumento da tensão com Taiwan, região independente que Pequim considera parte de seu território. As informações foram divulgadas pela imprensa estatal nesta quarta-feira, 12.
Com o objetivo de amedrontar Taiwan, a declaração de Xi acontece após a conclusão de três dias de treinamento militar ao redor da ilha. O exército chinês simulou o isolamento de Taiwan e posicionou um porta-aviões a nordeste da ilha de Pingtan, o ponto mais próximo entre os países, para lançar jatos contra seu território.
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O líder chinês disse, ainda, que os funcionários da Marinha do Comando de Teatro do Sul do Exército de Libertação Popular devem “defender resolutamente a soberania territorial e os interesses marítimos da China e se esforçar para proteger a estabilidade periférica geral”, uma afronta direta aos interesses taiwaneses.
Na semana passada, Tsai Ing-wen, presidente de Taiwan, visitou os Estados Unidos para participar de reuniões com um grupo bipartidário de legisladores. Pequim sancionou duas organizações americanas que receberam a líder da república, considerada “rebelde separatista” pelo governo Xi.
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Em meio aos maiores exercícios militares conjuntos entre Filipinas e Estados Unidos, um incremento de bases americanas em território filipino, sendo uma perto de Taiwan, também agrava o cenário para o governo de Pequim.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Anthony Blinken, relatou, ainda, que “qualquer intimidação ou coerção, inclusive no Mar da China Meridional” não será tolerada.
A separação entre China e Taiwan, que não é reconhecida pelas Nações Unidas, teve início em 1949. Desde então, o governo de Pequim tenta retomar o controle da província ao intensificar a presença militar ao redor da ilha.