Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Xangai alivia restrições contra a Covid após dois meses de lockdown total

Apesar de liberação, estima-se que pelo menos 650.000 pessoas permanecerão confinadas em suas casas por não atenderem requisitos

Por Matheus Deccache Atualizado em 1 jun 2022, 12h41 - Publicado em 31 Maio 2022, 15h10
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A boy runs over barriers, erected on March 19 according to local residents as part of pandemic lockdowns in the area and taken down earlier this afternoon, in the Jing' an district of Shanghai on May 31, 2022, as the city prepares to lift more curbs after two months of heavy-handed restrictions. (Photo by Hector RETAMAL / AFP)
    Parte de bloqueios pandêmicos na área e derrubadas no início da tarde desta terça-feira na cidade - (Hector Retamal/AFP)

    A cidade de Xangai, principal centro econômico da China, anunciou nesta terça-feira, 31, um alívio nas restrições contra a Covid-19 após um bloqueio total de dois meses. A medida entrou em vigor à meia-noite, horário local, permitindo que a maioria dos mais de 25 milhões de moradores pudessem transitar livremente pela cidade. 

    No entanto, a política de “Covid zero” segue funcionando e aqueles que forem infectados pelo coronavírus continuam obrigados a fazer quarentena nos hospitais. Além disso, estima-se que pelo menos 650.000 pessoas permanecerão confinadas em suas casas, ainda não liberadas sob o novo alívio de restrições. 

    + Xangai promete ‘vida normal’ em junho após restrições por surto de Covid

    “Este é um dia com o qual sonhamos há muito tempo. Todo mundo se sacrificou muito. Este dia foi duramente conquistado e precisamos apreciá-lo e protegê-lo, e receber de volta a Xangai com a qual estamos familiarizados e sentimos falta”, disse a porta-voz do governo, Yin Xin, a repórteres.

    O lockdown total, que durou dois meses, prejudicou diretamente a vida dos moradores com a perda de renda, a dificuldade para encontrar comida, além do desgaste mental com o isolamento prolongado. 

    Continua após a publicidade

    Algumas fabricantes instaladas na cidade, como a Tesla e a Volkswagen, foram particularmente impactados pelo bloqueio, uma vez que seus funcionários estiveram impossibilitados de se dirigir à fábrica. Algumas delas, inclusive, chegaram a adotar o modelo de “ciclo fechado”, em que os trabalhadores moravam dentro dos polos industriais.

    Já na próxima quarta, o serviço básico de transporte público será retomado e as lojas serão abertas com 75% da capacidade permitida. No entanto, áreas de lazer como cinemas, museus e academias irão permanecer fechadas e a maioria das crianças não irá retornar ao ensino presencial. 

    Como parte das novas regras, todos os moradores serão obrigados a mostrar um código verde de saúde disponível em seus smartphones para deixar seus complexos ou edifícios residenciais e acessar a maioria dos lugares, será obrigatório um teste negativo válido nas últimas 72 horas para acessar bancos, shoppings e transporte público, além da obrigatoriedade de quarentena de 7 a 14 dias para aqueles que vierem de outras cidades.

    Para recuperar a economia, foi elaborado um plano de 50 pontos, entre eles a redução de alguns impostos para os compradores de carros, agilização da emissão de títulos do governo local e aprovação de projetos de construção. 

    Continua após a publicidade

    + China convoca 100.000 autoridades para solucionar recessão pandêmica

    Os casos na China começaram a aumentar em março, logo se transformando na pior crise sanitária que o país viu desde o surto inicial em Wuhan, no início de 2020. Ao longo da pandemia, a China manteve uma estratégia de “Covid zero”, aplicando testes em massa, quarentenas e fechamento de fronteiras para conter o vírus. Mas a chegada da variante Ômicron, altamente infecciosa, fez o país mais populoso do mundo retornar à situação de calamidade, com o vírus se espalhando novamente por diferentes cidades e províncias.

    O bloqueio total de Xangai causou uma série de problemas econômicos em vários setores e aumentou os temores de que a economia nacional possa encolher no segundo trimestre.

    Dados divulgados no início de maio mostram que a produção industrial e as vendas no varejo da China caíram em abril no ritmo mais rápido em mais de dois anos, abaixo das expectativas. A companhia aérea China Eastern Airlines, com sede na cidade, disse que o número de passageiros caiu 90,7% em abril em relação ao ano anterior. 

    Continua após a publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    3 meses por 12,00
    (equivalente a 4,00/mês)

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.