Um vulcão no sudoeste da Islândia entrou em erupção na sexta-feira, 22, marcando a sexta vez que lava é expelida desde dezembro do ano passado. A lava, expelida por uma nova fissura na península de Reykjanes, foi capturada em vídeos que mostram o fogo laranja subindo em direção ao céu noturno da região. O vulcão voltou à atividade no final do ano passado, após permanecer adormecido por 800 anos.
Em resposta às recentes erupções, autoridades locais construíram barreiras para desviar os fluxos de lava e proteger infraestruturas críticas, como a usina de energia de Svartsengi, o spa ao ar livre Blue Lagoon e a cidade de Grindavík.
Na segunda-feira, 19, a agência de desastres da Islândia alertou que outra erupção era provável e informou que a atividade sísmica indicava um aumento de pressão e acúmulo de magma sob o campo geotérmico de Svartsengi, onde está localizada a usina elétrica. A usina foi evacuada após a primeira erupção em dezembro e, desde então, tem sido operada em grande parte remotamente.
O aeroporto nacional da Islândia e o serviço de aviação do país confirmaram que os voos continuam operando normalmente. O departamento de proteção civil informou que a atividade vulcânica está “muito mais ao norte” do que antes e que a Islândia permanece segura, com todos os serviços funcionando normalmente. Os efeitos da erupção são localizados e “não ameaçam as pessoas”.
A península de Reykjanes, lar de cerca de 30.000 pessoas, quase 8% da população islandesa, tem sido cenário de frequentes erupções nos últimos meses. A mais recente delas havia ocorrido em junho, com fontes de rochas derretidas expelidas por 24 dias consecutivos.
A Islândia abriga 33 sistemas vulcânicos ativos, mais do que qualquer outro país europeu. A posição geológica única, na junção das placas tectônicas da Eurásia e da América do Norte, garante que o país continue sendo um ponto de atividade vulcânica, com frequentes erupções que moldam tanto o território quanto a vida de seus habitantes.