Jorge Glas, vice-presidente do Equador, foi preso na noite desta segunda-feira e levado a uma prisão no norte de Quito. A Suprema Corte do país ordenou que o político, acusado de receber propina da empreiteira Odebrecht, ficasse detido enquanto as investigações são conduzidas.
Aos 48 anos, Glas foi detido em Guiaquil, de onde foi levado em um avião da Força Aérea Equatoriana ao centro prisional na capital do país. Ele estava acompanhado de seu tio Ricardo Rivera, também suspeito do mesmo crime de associação ilícita. Novas provas encontradas pela Procuradoria-Geral serviram de base para que um pedido de prisão preventiva fosse expedido.
Manifestantes em defesa de Glas esperavam-no nos arredores da Prisão 4, para onde foi levado pelas autoridades por volta das 23 horas (hora local), ostentando bandeiras do movimento de esquerda Alianza País e cantando músicas a favor do vice-presidente. Em vídeo divulgado pelo Twitter, Glas nega as acusações e classifica o processo contra ele como “inconstitucional e ilegal”. “Os inocentes não têm por que fugir”, disse, antes de se entregar à Justiça.
Glas, que já havia sido proibido de deixar o país pela Suprema Corte, foi responsável pelos setores estratégicos do país como ministro e vice-presidente nos últimos sete anos, e foi acusado de atos de corrupção por ex-funcionários de alto escalão do governo do ex-presidente Rafael Correa. Na semana passada, a procuradoria se juntou à acusação contra Glas e outros funcionários vinculados à rede de subornos da Odebrecht, que afeta vários países da região.
(Com EFE e Reuters)