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Venezuela: em meio à crise, Maduro aumenta salário mínimo em 50%

Reajuste do salário mínimo, que passa para 32 dólares, é apontado como como insuficiente e artificial

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 20h08 - Publicado em 3 jul 2017, 15h20
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  • Nicolás Maduro, presidente da Venezuela
    O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro durante um evento com apoiadores em Caracas, na Venezuela - 02/07/2017 (Palácio Miraflores/Reuters)

    Em meio à grave crise da Venezuela, que enfrenta um cenário de alta inflação e protestos diários contra o governo, o presidente Nicolás Maduro, anunciou um reajuste de 50% no salário mínimo do país. O aumento, que é o terceiro desde o início do ano, não foi bem recebido pelos trabalhadores, que apontam o valor como insuficiente e artificial. “[O novo salário mínimo] não cobre nem um terço do custo da cesta básica e irá resultar em maior inflação e desemprego”, disse o Secretário-Geral Confederação de Trabalhadores da Venezuela, José Elías Torres, ao jornal El Estímulo.

    O anuncio de Maduro foi feito no domingo, durante um ato televisivo ao lado de partidários. Segundo o presidente venezuelano, o salário mínimo e as aposentadorias serão elevados a 97.531 bolívares – o que equivaleria a 32 dólares, de acordo com o novo sistema de venda de divisas, conhecido como DICOM. O salário mínimo anterior era de 65.021 bolívares. Os dois aumentos anteriores foram de 50% em janeiro e de 60% em maio.

    A elevação no salário mínimo ocorre em um momento em que se registram protestos diários contra o governo. A dura repressão do governo deixou mais de 80 mortos desde o começo de abril. Centenas de pessoas foram detidas e outras 1.400 ficaram feridas nas manifestações. Os venezuelanos enfrentam uma severa crise econômica, altamente dependente das importações, com uma inflação de três dígitos e graves problemas de desabastecimento de alimentos, suplementos médicos e outros produtos básicos.

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    Maduro atribui a espiral inflacionária e a escassez de produtos básicos a uma “guerra econômica” promovida por adversários políticos e empresários para desestabilizar seu governo, mas analistas asseguram que a situação econômica do país está estritamente relacionada com o sistema de controle de câmbio e de preços em vigor desde 2003. “Se me derem a Constituinte, eu lhes dou a vitória sobre os preços”, disse Maduro, em alusão à queda no poder de compra dos venezuelanos nos últimos três anos e ao seu apelo para uma Assembleia Constituinte, a fim de redigir uma nova Constituição.

    Referendo

    A oposição venezuelana, contrária convocação da Assembleia Constituinte de Maduro, anunciou nesta segunda-feira a realização, em 16 de julho, de um referendo para que os cidadãos decidam se concordam com o presidente.”Que seja o povo que decida se rejeita ou desconhece a Constituinte convocada inconstitucionalmente por Nicolás Maduro”, assinalou o presidente do Parlamento – de maioria opositora – Julio Borges, em um ato com setores da sociedade civil realizado no teatro de Chacao, leste de Caracas.

    (com AFP)

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