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Em pronunciamento à nação nesta quarta-feira, 2, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, falou diretamente a soldados russos, dizendo que deveriam voltar para casa e abandonar a guerra, à medida que “vamos mandar a Rússia embora com a vergonha que merece”.

“Todos os ocupantes estão avisados que serão rejeitados pelos ucranianos. Vocês devem lembrar para sempre que nós nunca vamos desistir”, disse Zelensky, acrescentando que 9 mil soldados russos foram mortos por forças ucranianas. O número é rejeitado pela Rússia.

Segundo o serviço de emergência ucraniano, mais de 2.000 civis já morreram desde o início da invasão, no último dia 24, e centenas de estruturas, como instalações de transporte, hospitais, jardins de infância e prédios residenciais foram destruídos.

Durante a transmissão, o presidente também elogiou o resultado da votação da Assembleia Geral das Nações Unidas condenando a Rússia pela invasão à Ucrânia por 141 votos a 5. Embora sem força de lei, o documento aprovado condena a ofensiva russa no território ucraniano e exige que o país retire todas as suas tropas o mais rápido possível, reafirmando que nenhuma retomada de território por ameaça ou uso da força deve ser legitimada.

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Mais cedo nesta quarta-feira, o presidente ucraniano já havia acusado Moscou de querer “apagar a história” ucraniana, citando ataques próximos a um memorial do Holocausto.

“Este ataque mostra que muitas pessoas na Rússia não conhecem Kiev. Eles não sabem nada sobre Kiev, sobre nossa história. Mas eles receberam ordens para apagar nossa história, apagar nosso país, apagar todos nós”, declarou.

As declarações de Zelensky acontecem em meio ao avanço de forças russas em direção à capital, Kiev, e a tomada de cidades como Kherson, próxima à península da Crimeia.