O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou uma dura mensagem à Coreia do Norte, após o mais recente teste do regime de Kim Jong-un com um míssil balístico, o primeiro desde que o chefe da Casa Branca recolocou Pyongyang na lista negra de países que patrocinam o terrorismo.
“Nós vamos cuidar disso”, disse Trump, em declarações na Casa Branca logo após o teste, que o Pentágono diz ter sido o lançamento de um míssil balístico internacional.
O chefe do Pentágono, James Mattis, alertou que o projétil alcançou uma altitude maior que os disparados em testes anteriores, e por isso põe em “risco a paz mundial e regional”. O míssil voou 1.000 km antes de cair no mar do Japão, mais especificamente na zona econômica exclusiva marítima de Tóquio.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, também se pronunciou sobre o ocorrido, que qualificou como um “ato violento” que “não pode ser tolerado”. “Nunca cederemos ante nenhum ato de provocação. Reforçaremos nossa pressão” sobre Pyongyang, declarou à imprensa.
Ao disparar o míssil, a Coreia do Norte não levou em conta “a vontade forte e unida da comunidade internacional de alcançar uma solução pacífica”, destacou o premiê. “A comunidade internacional tem que aplicar as sanções à perfeição e em uníssono”, prosseguiu.
O projétil foi lançado na madrugada da quarta-feira (horário local) de Pyongsong, cerca de 30 quilômetros a nordeste da capital Pyongyang, em direção ao leste.
A atividade militar norte-coreana acontece menos de uma semana após o regime de Kim Jong-un ter sido incluído pelos Estados Unidos em sua lista de países que patrocinam o terrorismo. Desde então, a agência de inteligência sul-coreana alertava sobre a possibilidade de Pyongyang conduzir testes para aperfeiçoar sua tecnologia de misseis de longo alcance.
A Coreia do Norte diz que seu programa armamentista é uma defesa necessária contra os Estados Unidos, que possuem 28.500 militares instalados na Coreia do Sul. De acordo com a rede CNN, Pyongyang conduziu quinze testes balísticos desde fevereiro, com 22 misseis sem cargas explosivas disparados. As medidas, em conjunto com os experimentos nucleares registrados no país, resultaram em sanções aplicadas contra o país pelo Conselho de Segurança da ONU.
(Com EFE e AFP)