A companhia aérea americana United Airlines foi alvo de críticas no Twitter no domingo, depois de impedir duas adolescentes de embarcar em um voo porque vestiam calças legging. As garotas, que viajavam de Denver para Minneapolis com bilhetes especiais — usados por funcionários da empresa e seus familiares —, não usavam roupas adequadas às normas da companhia, declarou Jonathan Guerin, porta-voz da United. As duas não teriam sido rejeitadas se tivessem pagado pelas passagens, afirmou.
O assunto espalhou-se pelas redes sociais a partir dos tuítes de Shannon Watts, passageira que aguardava um voo para o México e testemunhou o episódio. Em entrevista ao jornal The New York Times, Watts disse que, depois do aviso feito pelo funcionário no portão de embarque, a mãe das meninas tirou um vestido da bagagem de mão e colocou em uma delas, que parecia ter 10 ou 11 anos. Já o pai das garotas, que usava shorts “de 5 a 7 centímetros” acima do joelho, não foi impedido de voar, de acordo com Watts. “Este comportamento é sexista e sexualiza meninas novas”, postou.
O porta-voz da empresa afirmou ao The New York Times que os passageiros com bilhetes especiais “representam” a companhia aérea, e por isso não podem vestir leggings, jeans rasgados, tops croped, chinelos ou qualquer vestimenta que exiba a roupa íntima.
No Twitter, a empresa defendeu o agente do aeroporto, argumentando que a companhia se reserva ao direito de recusar o embarque de qualquer pessoa que não esteja vestida adequadamente. E postou: “Aos nossos clientes… suas leggings são bem-vindas!”.
(Com Reuters)