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Últimas 24 horas foram as mais mortais para russos desde início da guerra

Apesar de registros sem muitos detalhes, informação dada por Kiev se encaixa na descrição de ambos os países de que guerra estaria se intensificando

Por Da Redação Atualizado em 7 fev 2023, 13h41 - Publicado em 7 fev 2023, 13h40
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  • O governo ucraniano anunciou nesta terça-feira, 7, que as últimas 24 horas da guerra contra a Rússia foram as mais mortais para as tropas russas desde o início da invasão, em fevereiro de 2022. Moscou também afirmou ter matado um grande número de soldados ucranianos nas últimas semanas.

    O registro de mortes na guerra de ambos os lados não tem sido confiável e Kiev não tem fornecido muitos detalhes sobre as últimas batalhas recentemente. Porém, a informação se encaixa na descrição de ambos os países de que a guerra estaria se intensificando nos campos nevados ucranianos.

    Kiev afirma que o número de soldados russos mortos aumentou em 1.030 durante a noite, chegando ao total de 133.190, o maior aumento da guerra até o momento em um único dia. De acordo com autoridades russas, por sua vez, 6.500 ucranianos foram mortos durante o mês de janeiro.

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    Depois de falhar em dominar Kiev, os russos estão tentando recuperar perdas sofridas no segundo semestre de 2022. Enquanto isso, a Ucrânia aguarda a chegada dos tanques prometidos pelas nações ocidentais para montar uma contraofensiva. Kiev e o Ocidente afirmam que a Rússia está enviando grupos de mercenários para dominar o leste ucraniano.

    Nas últimas semanas, a Rússia tem conquistado os primeiros ganhos em meio ano, mas ainda não conseguiu conquistar Bakhmut, na província de Donetsk, que tinha uma população pré-guerra de 75.000 habitantes. Moscou está avançando no cerco à cidade e dominou territórios importantes tanto ao norte quanto ao sul da área, mas Kiev afirma que a região está se mantendo firme no domínio das tropas de resistência da Ucrânia.

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    Além disso, tropas russas também atacaram Vuhledar, uma cidade mais ao sul controlada pelos ucranianos. A região tem o terreno elevado e se localiza em uma interseção estratégica entre as linhas de frente leste e sul.

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    Em meio aos avanços russos, existe a expectativa ucraniana pela chegada dos tanques ocidentais, mas eles ainda vão demorar meses para entrar no campo de batalha. A perspectiva de Moscou é de que o armamento ocidental fornecido só é responsável por aumentar e estender a guerra.

    “Os EUA e seus aliados estão tentando prolongar o conflito o máximo possível”, disse o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, em uma teleconferência com oficiais militares. “Para fazer isso, eles começaram a fornecer armas ofensivas pesadas, incitando abertamente a Ucrânia a tomar nossos territórios. Na verdade, essas medidas estão arrastando os países da Otan para o conflito e podem levar a um nível imprevisível de escalada”, acrescentou.

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    Os territórios russos citados por Shoigu são quatro províncias ucranianas que a Rússia alegou ter anexado em 2022, bem como a Crimeia, que tomou da Ucrânia em 2014. É esperado que os tanques ocidentais forneçam a capacidade de atingir as linhas de abastecimento russas em todo o território ocupado no continente ucraniano e partes da península da Crimeia.

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    O Ministério da Defesa do Reino Unido afirmou em um comunicado de que a Rússia não teve tantos ganhos na província de Donetsk porque as tropas russas “carecem de munições e unidades de manobra necessárias para uma ofensiva bem-sucedida”. Em seguida, descartou a possibilidade de um avanço considerável nas próximas semanas.

    “Os líderes russos provavelmente continuarão a exigir avanços abrangentes. Permanece improvável que a Rússia possa reunir as forças necessárias para afetar substancialmente o resultado da guerra nas próximas semanas”, afirmou o Ministério da Defesa britânico.

    Além da invasão, a Ucrânia ainda lida com uma reformulação nas lideranças do país. Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, disse que as mudanças iriam fortalecer o desempenho ucraniano na guerra. Entre os nomes a serem substituídos estaria o do ministro da Defesa, Oleksii Reznikov, mas Kiev afirmou que nenhuma mudança vai ser feita nesta semana.

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