Um caça F-16 da Ucrânia foi destruído em um acidente, sem aparente correlação com as forças russas, no primeiro dia de uso, informou nesta quinta-feira, 29, a agência de notícias Reuters. Com base em informações de um oficial do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, acredita-se que a queda do jato de fabricação americana, ocorrida na segunda-feira 26, tenha sido consequência de uma falha mecânica ou de um erro do piloto.
No início deste mês, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou a chegada de novos caças F-16 para fortalecer a Força Aérea da Ucrânia, que procura substituir antigos modelos de aviões de guerra da União Soviética, como os MiG-29 e Su-27. As aeronaves foram entregues pela Dinamarca, Holanda e Estados Unidos depois de reclamações constantes de Kiev, que cobrava os países a cumprirem com suas promessas.
Bélgica, Dinamarca, Noruega e Países Baixos, juntos, se comprometeram a enviar 79 F-16, mas as forças ucranianas só haviam recebido 10 até junho.
Zelensky anunciou na terça-feira 27 que os caças são “um grande sucesso” e foram utilizados para destruir “alguns mísseis e drones” russos. Por segurança, ele disse que não revelaria o número de jatos empregados no campo de batalha e agradeceu aos “parceiros” da Ucrânia. No entanto, renovou os apelos para que continuem a apoiar suas tropas. “Ainda assim, não é suficiente, não temos muitos [F-16] e ainda precisamos de treinar pilotos”, concluiu.
+ TV russa anuncia ‘sitcom’ em que Joe Biden é personagem principal
Ataques russos
Ao longo desta semana, Moscou realizou uma série de operações contra o território ucraniano. Mais de 100 mísseis e cerca de 100 drones Shahed, de fabricação iraniana, atingiram 15 regiões em todo o país na segunda-feira, matando pelo menos cinco pessoas. Os danos à rede energética do país deixaram milhares de pessoas no escuro, além de provocarem escassez de água em diversas cidades, inclusive na capital Kiev.
Após os ataques, Zelensky mais uma vez pediu que seus aliados no Ocidente permitam que o país use armas doadas pelos membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) contra o território da Rússia. “A Ucrânia não pode ser restringida em suas capacidades de longo alcance quando os terroristas não enfrentam tais limitações”, disse ele.