Forças da Ucrânia detiveram um vice-chefe da região de Kherson por suspeita de ajudar e incitar as forças de ocupação russas que tomaram o controle da cidade em março, disse um promotor do país em comunicado nesta terça-feira, 29. O funcionário, que não foi identificado no comunicado, pode pegar até 12 anos de prisão por ter cooperado com autoridades russas e ajudado no funcionamento de serviços públicos sob comando dos ocupantes.
Em 11 de novembro, a Ucrânia proclamou a libertação de Kherson, após o fim de uma ocupação de oito meses. Forças russas usaram barcos e balsas para escapar pelo rio Dnipro, enquanto as forças ucranianas avançaram pelo sul, em meio a cenas caóticas e explosões, segundo moradores e militares da Ucrânia. Durante a retirada, militares russos teriam destruído uma grande ponte que liga a cidade para impedir que fossem perseguidos.
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Kherson tem sido um dos principais cenários de horrores durante a guerra na Ucrânia. Na semana passada, foi revelado que durante o controle do território o Exército da Rússia teria utilizado um aterro sanitário na cidade para queimar corpos. Além dos corpos, foram encontradas bandeiras, uniformes e capacetes.
Além disso, investigadores da Ucrânia anunciaram na segunda semana de novembro que descobriram uma suposta sala de tortura, onde dezenas de homens teriam sido detidos, eletrocutados, espancados e até mesmo mortos. De acordo com a polícia, o Exército russo assumiu o controle de um centro de detenção juvenil em meados de março e o transformou em uma prisão para aqueles que se recusavam a colaborar, ou que foram acusados de atividades em benefício aos ucranianos.