O governo da Ucrânia afirmou que está aberto a negociações com a Rússia, mas descartou qualquer possibilidade de ceder territórios como forma de obter um cessar-fogo. “Qualquer concessão à Rússia não é um caminho para a paz, mas uma guerra adiada por vários anos. A Ucrânia não comercializa nem sua soberania, nem territórios e ucranianos que vivem neles”, disse o conselheiro presidencial, Mykhailo Podolyak, em um vídeo publicado no Twitter.
O presidente da Polônia, Andrzej Duda, foi filmado ao lado do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, neste domingo, e apoio à decisão do país vizinho de não ceder às demandas russas. “Apenas a Ucrânia tem o direito de decidir sobre seu futuro”, disse Duda no primeiro discurso feito por um líder estrangeiro em pessoa a políticos ucranianos desde o início da invasão, em fevereiro.
Forças russas têm intensificado os bombardeios na região de Donbass. Ataques aéreos têm sido dirigidos a centros de comando, depósitos de munição e acampamentos de tropas. A situação foi descrita por Zelensky como “extremamente difícil”. Na maior vitória de Vladimir Putin após uma série de fracassos e atrasos, o exército russo conseguiu capturar a cidade de Mariupol. Na sexta-feira, o ministro de defesa Sergei Shoigu afirmou que os últimos combatentes que ainda lutavam na siderúrgia de Azovstal se renderam.
A Rússia também tem respondido às sanções impostas pela União Europeia. No sábado, a companhia estatal de gás Gazprom suspendeu as exportações para a Finlândia, que recusou a exigência de Moscou de pagar em rublos. A Gasum, empresa estatal finlandesa, afirmou que vai usar outras fontes para suprir a demanda interna, como o gasoduto Balticonnector, que conecta a Finlândia e a Estônia.
Com informações da agência Reuters