A embaixada da Ucrânia no Irã retirou do ar um comunicado que descartava “terrorismo ou ataque de mísseis” como possível causa de um acidente com um avião ucraniano, que caiu logo após decolar de Teerã, nesta quarta-feira. A nota atribuiu o desastre a uma falha do motor. A queda do Boeing 737-800, da empresa Ukraine International, provocou a morte de todas as 176 pessoas a bordo.
“De acordo com informações preliminares”, informou o primeiro comunicado, posteriormente retirado do ar, “o avião caiu como resultado de uma falha técnica do motor”, noticiou o jornal britânico The Guardian. “A possibilidade de um ataque terrorista ou ataque de mísseis está atualmente descartada.”
Em uma segunda nota, a representação diplomática ucraniana no Irã recuou e disse que as causas do acidente não haviam sido esclarecidas e que quaisquer comentários anteriores não eram oficiais.
O acidente ocorreu horas depois que o Irã lançou ataques com mísseis em bases militares dos Estados Unidos no Iraque, como resposta ao assassinato do general Qasem Soleimani, em Bagdá, por mísseis americanos na semana passada.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse em uma publicação no Facebook que uma comissão foi criada para trabalhar com “todas as versões possíveis” para elucidar as causas do acidente aéreo.
Em entrevista em Kiev, o primeiro-ministro ucraniano, Oleksiy Honcharuk, fez um alerta contra especulações até que seja concluída uma investigação. O premiê também disse que a Ucrânia proibiu voos de seus aviões sobre o espaço aéreo iraniano a partir de 9 de janeiro.
(Com Reuters)