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Turquia muda de nome para ‘Türkiye’ para ‘aumentar valor da marca’ do país

Erdogan ordenou o uso de 'Türkiye' para melhor representar a cultura e os valores turcos (e para desassociar o país do peru, também 'turkey' em inglês)

Por Da Redação
3 jun 2022, 13h18
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  • O ministros das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, enviou à ONU pedido de alteração do registro do nome do país em línguas estrangeiras. 31/05/2022.
    O ministros das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, enviou à ONU pedido de alteração do registro do nome do país em línguas estrangeiras. 31/05/2022. (Reprodução/Twitter)

    A Turquia passou a se chamar “Türkiye” no âmbito das Nações Unidas, que concordou em reconhecer a mudança na quarta-feira, 01, após um pedido do governo do país. Segundo o ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, a mudança faz parte de um projeto para “aumentar o valor da marca” do país.

    Com a carta que enviei hoje ao secretário-geral da ONU, estamos registrando o nome do nosso país em línguas estrangeiras como ‘Türkiye'”, publicou o ministro das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu, em seu perfil no Twitter na terça-feira 31.

    Cavusoglu disse que a campanha de renomeação começou em dezembro, sob a liderança do presidente turco Recep Tayyip Erdogan. O objetivo é “substituir termos como ‘Turkey’, ‘Turkei’ e ‘Turquie'” como parte de uma “estratégia de branding“. Türkiye (pronunciado tur-key-YAY) tem grafia e pronúncia turcas, e o país se autodenominou Türkiye em 1923, após sua declaração de independência.

    A renovação da marca nacional foi lançada pelo chefe da Diretoria de Comunicações da Turquia, Fahrettin Altun, num vídeo promocional com a legenda #HelloTürkiye, publicado nas redes sociais oficiais do país. Em dezembro de 2021, Erdogan ordenou o uso de Türkiye para melhor representar a cultura e os valores turcos, inclusive exigindo que “Made in Türkiye” fosse usado em vez de “Made in Turkey” em produtos exportados. 

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    A medida é vista como parte de um esforço de Ancara para dissociar o nome do país da palavra “peru” (também “turkey”, em inglês) e das conotações negativas associadas a ele. Em um artigo, a emissora turca estatal de língua inglesa TRT World disse que passou a usar o termo “Türkiye” porque em buscas no Google pela palavra “Turkey”, o que aparecem são imagens da grande ave de mesmo nome – famosa por ser servida no Natal.

    A rede continuou: “Folheie o Dicionário Cambridge e ‘peru’ é definido como ‘algo que falha’, ou ‘uma pessoa estúpida ou boba’”. A TRT World argumentou que os turcos preferem que seu país seja chamado de Türkiye, “de acordo com os objetivos do país de determinar como os outros devem identificá-lo”.

    A mudança no registro já pode ser conferida no site da Embaixada da “República da  Türkiye” no Brasil, assim como em algumas notas oficiais sobre a nação.

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    O porta-voz das Nações Unidas, Stéphane Dujarric, disse à CNN na quinta-feira 2 que a alteração entrou em vigor assim que a instituição recebeu o pedido e garantiu que o documento era legítimo. “Não é um problema, não cabe a nós aceitar ou não”, disse Dujarric.

    “Os países são livres para escolher como querem ser nomeados. Isso não acontece todos os dias, mas não é incomum que os países mudem seus nomes”, acrescentou o porta-voz.

    Não ficou claro se o nome vai se popularizar no exterior. Em 2016, a República Tcheca registrou oficialmente seu nome abreviado, Czechia e, embora algumas instituições internacionais o usem, muitas ainda se referem ao país pelo nome antigo.

    No entanto, muitas mudanças já foram bem-sucedidas. O que costumava ser o Ceilão hoje é o Sri Lanka, superando a herança colonial; a cidade indiana de Madras é agora Chennai, após uma atualização no alfabeto.

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    Um dos casos mais recentes de mudança está hoje sob holofotes: muitos países deixaram de chamar a capital ucraniana de “Kiev”, passando a usar “Kyiv”, refletindo a transliteração do ucraniano, ao invés do russo. A Ucrânia esteve sob o domínio da Rússia, União Soviética, Tchecoslováquia, Polônia e muitos outros antes de se tornar totalmente independente em 1991. Foi então que muitas pessoas começaram a reconhecer que a Ucrânia não é russo – e é o que o governo ucraniano quer.

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