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Turquia entra em caso contra Israel em tribunal da ONU por ‘genocídio’

Corte ordenou em janeiro seis chamadas "medidas provisórias" para proteger os palestinos em Gaza após pedido da África do Sul

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 14h06 - Publicado em 1 Maio 2024, 11h16
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  • Destruição na Faixa de Gaza após ataque de Israel - 09/10/2023
    Destruição na Faixa de Gaza após ataque de Israel - 09/10/2023 (Majdi Fathi/NurPhoto/Getty Images)

    O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, afirmou nesta quarta-feira, 1, que Ancara se juntará ao caso de genocídio apresentado pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça, órgão jurisdicional das Nações Unidas.

    “Após a conclusão do texto jurídico do nosso trabalho, apresentaremos a declaração de intervenção oficial à CIJ com o objetivo de implementar esta decisão política”, disse Fidan. “A Turquia continuará apoiando o povo palestino em todas as circunstâncias”.

    Em janeiro, a Corte Internacional de Justiça ordenou que Israel se abstenha de atos que possam ser categorizados sob a Convenção de Genocídio, de 1949, e garanta que suas tropas não cometam atos de genocídio contra palestinos, após a África do Sul acusar o país de promover um genocídio patrocinado pelo Estado em Gaza. Israel, por sua vez, argumenta a alegação é infundada. Uma decisão final no caso da África do Sul em Haia poderá levar anos.

    Na tão aguardada decisão tomada por um painel de 17 juízes, a CIJ decidiu não rejeitar o caso – e ordenou seis chamadas “medidas provisórias” para proteger os palestinos em Gaza. Entre elas está a determinação que Israel deve tomar medidas imediatas e eficazes para permitir a prestação de serviços básicos e assistência humanitária na Faixa de Gaza, prevenir a destruição e assegurar a preservação de provas relacionadas a alegações de atos no âmbito do Artigo II da Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio, e suspender restrições que provocaram a expulsão e o deslocamento forçado de pessoas, bem como a privação de alimentação e água adequadas e suprimentos de assistência médica.

    Argumentos da acusação

    Em 11 de janeiro, Adila Hassim, advogada do tribunal superior sul-africano, declarou que Tel Aviv tem “um padrão de conduta calculado que indica intenção genocida“. Ela listou como evidências:

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    1. Visar os palestinos que vivem em Gaza usando armamento que causa destruição homicida em grande escala, bem como ataques a civis;
    2. Designar zonas seguras para os palestinos buscarem refúgio, e depois bombardeá-los;
    3. Privar palestinos em Gaza de necessidades básicas – alimentos, água, cuidados de saúde, combustível, saneamento e comunicações;
    4. Destruir infraestruturas sociais, casas, escolas, mesquitas, igrejas, hospitais;
    5. Matar, ferir gravemente e deixar um grande número de crianças órfãs.

    “Genocídios nunca são declarados antecipadamente, mas este tribunal tem o benefício das últimas 13 semanas de provas que mostram, de forma incontestável, um padrão de conduta e intenção relacionada que justifica uma alegação plausível de atos genocidas”, concluiu Hassim. A África do Sul pediu ao tribunal das Nações Unidas para agir com urgência.

    A África do Sul pediu à CIJ, que é o tribunal superior das Nações Unidas, destinado a julgar crimes de guerra e contra a humanidade, para aplicar “medidas provisórias” que protejam os direitos dos palestinos em Gaza de “perdas iminentes e irreparáveis”.

    As medidas funcionam como uma espécie de ordem de restrição, para impedir que a guerra se intensifique ainda mais enquanto o caso completo avança no tribunal – o que pode levar anos. Suas decisões são, teoricamente, juridicamente vinculativas para os signatários da Corte – tanto Israel e África do Sul o são –, ou seja, deveriam produzir consequências. No entanto, na prática, não há forma clara de aplicá-las.

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