O ex-presidente americano Donald Trump terá de pagar uma multa de 354,9 milhões de dólares (cerca de 1,76 bilhão de reais) por ter inflado números do balanço financeiro de uma de suas empresas, decidiu um juiz de Nova York nesta sexta-feira, 16.
Em decisão, o juiz Arthur Engoron também impede Trump de trabalhar, seja como funcionário, seja como diretor, em qualquer empresa em Nova York por três anos. O magistrado, no entanto, voltou atrás em uma ordem de dissolver as empresas que controlam os pilares do império imobiliário de Trump, dizendo não ser mais necessário porque vai nomear um diretor independente para supervisionar os negócios.
Os filhos adultos do ex-presidente, Don Jr. e Eric, também eram réus no caso e foram condenados a pagar 4 milhões de dólares cada um.
A ação movida pela Procuradora-Geral de Nova York, Letitia James, acusou Trump e as empresas da sua família de exagerarem o seu patrimônio líquido em até 3,6 bilhões de dólares por ano durante uma década para enganar bancos e conseguir melhores condições de empréstimo.
Trump negou qualquer irregularidade e classificou o caso como uma vingança política de James, que é do Partido Democrata.
A advogada de Trump, Alina Habba, disse em um comunicado que a decisão é uma “injustiça manifesta” e “o culminar de uma caça às bruxas de vários anos politicamente alimentada” contra ele.
“Isto não se trata apenas de Donald Trump – se esta decisão for mantida, servirá como um sinal para todos os americanos de que Nova York já não está aberta aos negócios”, disse Habba, acrescentando que planeja recorrer.