Após encontro com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, nesta segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou seu “forte apoio” à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), defendida pela alemã, mas reafirmou a necessidade que os países-membros “paguem sua parte justa” no acordo. Em entrevista conjunta após reunião, a dupla de líderes ressaltou a relação de parceria militar e civil entre as nações, especialmente no conflito da Ucrânia e no combate ao Estado Islâmico (EI).
Trump disse ter agradecido Merkel durante o encontro “pelo compromisso do governo alemão de aumentar os gastos com defesa e trabalhar para contribuir com pelo menos 2% do PIB” para a Otan. A alemã retribuiu o comentário e afirmou que ambos “seguirão trabalhando” para aumentar suas contribuições à defesa. “Melhor falarmos um com o outro, não sobre o outro”, disse a chanceler, sobre a relação com os Estados Unidos.
Ao abordar a questão de fronteiras, um tópico de antiga discordância entre ambos, Trump afirmou que “a imigração é um privilégio e não um direito” e frisou que a proteção dos cidadãos de seu país deve ser uma prioridade de segurança nacional. Merkel, historicamente mais aberta ao recebimento de estrangeiros do que o magnata, lembrou a importância de ajudar países em guerra: “Migração, imigração, integração precisam ser trabalhados, traficantes precisam ser parados, mas também devemos olhar para os refugiados”, afirmou.
Grampos telefônicos
Pressionado sobre sua acusação de que a administração de Barack Obama teria grampeado suas linhas telefônicas, Trump olhou para Merkel e brincou: “Pelo menos temos algo em comum, talvez”. O presidente se referiu a um relatório revelado por Edward Snowden, em 2013, que sugere que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) grampeou telefones de políticos mundiais, incluindo a chanceler alemã.
(Com EFE e AFP)