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Trump promete endurecer estratégia no Afeganistão, mas não fala em números

Presidente americano admite que mudou de ideia sobre a presença militar no país e descartou uma retirada a curto prazo: 'Criaria um vácuo para terroristas'

Por Da redação
Atualizado em 22 ago 2017, 00h26 - Publicado em 22 ago 2017, 00h25
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  • Em um discurso na noite desta segunda-feira, o presidente Donald Trump prometeu endurecer a estratégia militar americana no Afeganistão e descartou uma retirada das tropas do país a curto prazo. “Uma saída apressada criaria um vácuo para terroristas, incluindo o Estado Islâmico e a Al Qaeda”, justificou.

    Trump discursou diante de 2.000 soldados no Forte Myer, uma base militar na Virgínia e evitou falar em números. Atualmente os Estados Unidos mantêm um contingente de 8.400 militares no Afeganistão. Mesmo com a longa presença americana, o país continua sendo palco de ataques de insurgentes do Talibã e outros extremistas.

    Reconhecendo sua “frustração” pela continuidade de uma guerra que já dura 16 anos e acumula mais de 2 mil baixas americanas, o republicano admitiu que teve de mudar sua “primeira impressão” sobre o conflito. Antes de ser candidato, Trump afirmou diversas vezes que os EUA deveriam “sair imediatamente” do Afeganistão. “Eu gosto de seguir meus instintos, mas por toda a minha vida eu ouvi que as decisões são diferentes quando você senta na mesa do Salão Oval.”

    O presidente, porém, frisou que a prioridade da missão no Afeganistão será eliminar as ameaças jihadistas, e não “reconstruir” o país. “Não vamos ditar como o povo afegão deve viver”, afirmou. “Vamos matar terroristas.” Trump declarou ainda que, de agora em diante, as tropas americanas terão um objetivo claro e listou: “Atacar nossos inimigos, destruir o Estado Islâmico, esmagar a Al Qaeda e impedir que o Talibã tome conta do Afeganistão”.

    Paquistão

    Em um indício mais concreto da nova estratégia, Trump elevou o tom contra o Paquistão e pressionou o país a acabar com os redutos terroristas na fronteira com o Afeganistão. “Nós pagamos bilhões e bilhões de dólares ao Paquistão enquanto eles abrigam os mesmos terroristas que estamos combatendo”, afirmou.

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