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Trump muda foco de sessão da ONU para acusar China de manipular eleições

Presidente americano afirma que os chineses não querem vitória republicana por causa da guerra comercial

Por Da Redação
Atualizado em 26 set 2018, 16h59 - Publicado em 26 set 2018, 15h54
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  • Durante uma sessão do Conselho de Segurança da ONU sobre a não proliferação de armas de destruição em massa, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu mudar o foco das conversas e acusou a China de tentar manipular as eleições legislativas americanas.

    “Infelizmente, determinamos que a China esteve tentando interferir nas próximas eleições de 2018, que serão em novembro, contra o meu governo”, comentou Trump, que presidia a sessão do Conselho.

    “Não querem que eu ganhe ou que ganhemos porque sou o primeiro presidente que desafiou a China no comércio e estamos ganhando em todos os níveis. Não queremos que se intrometam ou interfiram em nossas próximas eleições”, acrescentou, afirmando que possui muitas provas dessas tentativas de interferência.

    Na semana passada, os Estados Unidos anunciaram o aumento de tarifas para produtos chineses que, atualmente, totalizam 200 bilhões de dólares em importações.

    A Presidência do Conselho de Segurança é exercida de modo rotativo pelos membros do órgão na ordem alfabética, em inglês, do nome do país. Cada presidente exerce o cargo por um mês do calendário.

    Atualmente, os Estados Unidos presidem o órgão. Por isso, Donald Trump teve o direito de comandar a sessão de hoje. Ao abordar o tema original da reunião, o presidente americano falou sobre o programa nuclear do Irã e ameaçou impor mais sanções ao país.

    Trump, contudo, também usou do seu tempo de discurso para desviar totalmente do tema da sessão, a não proliferação de armas químicas, biológicas e nucleares, e falar sobre assuntos domésticos e sua atual rivalidade com os chineses.

    Em resposta, o ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, que estava presente na reunião, afirmou que seu país “sempre seguiu o princípio da não interferência nos assuntos domésticos de outros países”.

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    “Nós não interferimos e não vamos interferir nos assuntos domésticos de qualquer país. Nós nos recusamos a aceitar quaisquer acusações injustificadas contra a China”, completou.

    Há duas semanas, o diretor de Inteligência Nacional dos Estados Unidos, Dan Coats, informou que o governo americano detectou “sinais” de possíveis tentativas de interferência nas eleições legislativas de novembro por parte de Rússia e China.

    Além disso, considerou que Irã e Coreia do Norte também têm “capacidade potencial” de fazerem o mesmo. Os casos mais concreto de interferência, entretanto, estão em investigação pela Procuradoria e dizem respeito a ações da Rússia supostamente em favor da eleição de Trump em 2016.

    As eleições legislativas de meio do mandato presidencial (conhecidas como “midterm”), que serão realizadas no dia 6 de novembro, renovam totalmente a Câmara dos Representantes e um terço do Senado. Seus resultados consideradas como uma avaliação do eleitorado sobre o Executivo. Neste ano, ameaça a maioria republicana na Câmara e no Senado.

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    (Com EFE)

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