O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aprovou a imposição de tarifas de importacão no valor total de 50 bilhões de dólares a produtos da China, informou a imprensa americana nesta sexta-feira (15). A revelação quebra as expectativas de resolução dos conflitos comerciais entre Pequim e Washington.
As duas potências do comércio internacional tinham chegado a um consenso para evitar uma guerra comercial. Em resposta ao anúncio, a China advertiu que, se for confirmada a imposição das tarifas, ficarão cancelados os acordos alcançados após dois meses de negociações. Os maiores aliados dos Estados Unidos – União Europeia, Canadá e México – igualmente preparam reações a medidas unilaterais tomadas por Washington.
“A China já publicou um comunicado após a recente visita do secretário de Comércio, Wilbur Ross, no qual deixou claro que,se os Estados Unidos lançarem medidas comerciais como a imposição de tarifas, os acordos não entrarão em vigor”, lembrou hoje o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, em entrevista à imprensa.
“A nossa posição continua sendo a mesma, se os Estados Unidos tomarem medidas unilaterais e protecionistas que prejudiquem os interesses chineses, responderemos imediatamente tomando as decisões que forem necessárias para salvaguardar nossos legítimos direitos e interesses”, acrescentou o porta-voz.
As tensões comerciais foram debatidas nesta quinta-feira pelo secretário de Estado americano, Mike Pompeo, nas suas conversas em Pequim com o presidente da China, Xi Jinping, e o chanceler, Wang Yi.
Geng ressaltou hoje que a questão “deve ser resolvida através de consultas de forma construtiva, reduzindo as diferenças e expandindo o terreno comum para beneficiar as duas partes”.
(Com EFE)