O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira, poucas horas antes do início da segunda cúpula com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, que Pyongyang poderia prosperar tanto como o Vietnã se concordar com a desnuclearização.
“O Vietnã está crescendo como poucos lugares no mundo. A Coreia do Norte pode ser igual, e muito rapidamente, se optar pela desnuclearização”, escreveu Trump, no começo da manhã, na sua conta oficial do Twitter.
“O potencial é grande, uma grande oportunidade, como quase nenhuma outra na história, para meu amigo Kim Jong-un. Nós saberemos em breve”, acrescentou.
Trump também criticou os democratas nos EUA, que lhe pediu para não fazer concessões em sua segunda cúpula com Kim sem receber “compromissos concretos” da desnuclearização do regime norte-coreano, em palavras do líder da minoria progressista no Senado, Chuck Schumer.
“Os democratas deveriam deixar de falar sobre o que eu deveria fazer com a Coreia do Norte e, por outro lado, questionar o motivo de não terem feito isso durante os oito anos do governo (Barack) Obama”, disse o presidente.
A previsão é que a cúpula entre Trump e Kim tenha início hoje, às 18h30 (horário local, 8h30, de Brasília), com uma saudação entre os dois líderes no luxuoso hotel de estilo colonial francês Sofitel Legend Metropole, em Hanói.
Trump e Kim se encontrarão sozinhos por vinte minutos antes de participar de um jantar de trabalho, acompanhado por quatro de seus assessores.
Pelo lado americano estarão o secretário de Estado, Mike Pompeo, e o chefe de gabinete interino da Casa Branca, Mick Mulvaney, enquanto que rumores dão conta que entre os dois acompanhantes de Kim estará o chefe da inteligência norte-coreana, Kim Yong-chol.
A Casa Branca reservou uma hora e 35 minutos para o jantar, que inaugurará a cúpula cujo conteúdo principal está previsto para amanhã.
Trump inicia hoje sua agenda em Hanói com uma reunião com o presidente do Vietnã e secretário-geral do Partido Comunista no poder, Nguyen Phu Trong.
Depois manterá um encontro bilateral com as autoridades vietnamitas, seguido da assinatura de um acordo comercial, cujos detalhes são desconhecidos, e um almoço de trabalho com o primeiro-ministro vietnamita, Nguyen Xuan Phuc.