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Trump diz que China ‘fará de tudo’ para impedir sua reeleição

Presidente anunciou que retomará viagens pelos EUA na próxima semana e espera, em breve, poder realizar grandes comícios visando a disputa com Biden

Por Da Redação 30 abr 2020, 11h18
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  • O presidente americano Donald Trump revelou nesta quarta-feira, 29, que permitirá a retomada de voos dentro dos Estados Unidos na próxima semana e que espera ansioso pelo momento de voltar a realizar viagens de campanha pelo país. Na mesma entrevista na Casa Branca, em Washington, Trump voltou a criticar a postura do governo da China em meio à pandemia de coronavírus e disse que Pequim “fará tudo o que puder” para prejudicá-lo na eleição presidencial em novembro.

    Trump disse estar analisando diferentes respostas a Pequim, como o uso de tarifas ou anulações de dívida. “Estamos analisando, eu posso fazer muitas coisas”, ameaçou. O republicano culpou o país asiático pela pandemia global que matou pelo menos 60.000 pessoas nos Estados Unidos e jogou a economia americana em profunda recessão.

    O político, muitas vezes acusado de não agir cedo o suficiente para preparar os Estados Unidos para a disseminação do vírus, disse acreditar que a China deveria ter sido mais ativa em informar o mundo sobre o coronavírus antes. Trump ainda acusou Pequim de estar trabalhando para favorecer seu adversário nas eleições presidenciais de novembro, o democrata Joe Biden.

    “A China fará o possível para que eu perca essa disputa”, declarou. “Eles estão constantemente usando relações públicas para tentar fazer parecer que são inocentes”, disse o presidente sobre autoridades chinesas. Trump afirmou que o acordo comercial que concluiu com o presidente chinês Xi Jinping, com o objetivo de reduzir os déficits comerciais crônicos dos EUA com a China, ficou “muito abalado” com as consequências econômicas do vírus.

    Os dois líderes prometeram que seus governos fariam o possível para cooperar para conter o coronavírus, mas, nos últimos dias, Washington e Pequim trocaram farpas cada vez mais pesadas sobre a origem do vírus e a resposta a ele. No entanto, Trump e seus principais assessores, embora intensifiquem sua retórica anti-China, pararam de criticar diretamente Xi Jinping, a quem o presidente dos EUA repetidamente chamou de “amigo”.

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    Viagens retomadas – Após anunciar a reabertura de voos internos a partir da próxima semana, Trump contou que pretende ir ao estado do Arizona, no que seria sua primeira viagem desde que a pandemia do novo coronavírus atingiu os EUA. Na sequência, o candidato republicano pretende visitar Ohio, um dos estados cruciais para a eleição de novembro.

    O presidente afirmou que a passagem pelo Arizona terá como foco a recuperação econômica e não interesses eleitorais, porque “é muito cedo” para eventos com aglomeração de pessoas em estádios. Porém, Trump admitiu que pretende voltar a fazer campanha para a sua reeleição o mais rápido possível. “Se tudo der certo em um futuro não muito distante, nós faremos grandes comícios e as pessoas poderão se sentar próximas umas às outras”, disse. “Espero que consigamos fazer comícios do modo antigo com 25.000 pessoas, onde todos poderão ficar muito animados porque amam o nosso país”.

    Em uma reunião com empresários do setor industrial, Trump insistiu em que a economia americana rapidamente se recuperará do impacto do confinamento necessário para conter o novo coronavírus. Apesar de especialistas afirmarem que as medidas de distanciamento social deverão permanecer válidas até que uma vacina esteja disponível, Trump acredita que o perigo relacionado ao vírus sumirá por si próprio com o tempo e que os Estados Unidos estão equipados para acabar com qualquer vestígio da doença.

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    “Nós estamos desenvolvendo vacinas, estamos pesquisando medicamentos também”, comentou. “Não estou dependendo disso, mas acho que ela dará certo. Quero retomar a economia com ou sem vacina, mas obviamente teremos que esperar que a doença suma. Ela irá embora, sumirá.”

    Trump está liderando um esforço de triagem para tentar manter a economia dos EUA por meio de pagamentos de estímulo a indivíduos e empresas, enquanto incentiva os governadores a reabrirem cuidadosamente seus estados à medida que novas infecções diminuem. Ele disse estar satisfeito com a maneira como muitos governadores estão operando sob a tensão do vírus, mas disse, sem citar nomes, que alguns precisam melhorar.

    (com agências Reuters e AFP)

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