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Trump ditou versão do filho sobre reunião com russa, diz ‘Post’

Segundo o jornal americano, presidente planejou a justificativa de Donald Jr. para o encontro com a advogada

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 17h56 - Publicado em 1 ago 2017, 18h07
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  • Trump abraça Trump Jr
    Donald Trump abraça seu filho Trump Jr durante campanha eleitoral em St. Clairsville, no estado de Ohio. (Aaron Josefczyk/Reuters)

    A interminável saga sobre as relações de Donald Trump com a Rússia ganhou nesta terça-feira um novo capítulo, diante de denúncias de que o presidente teria ditado o depoimento fornecido por seu filho Donald Jr. ao Senado sobre uma reunião com uma advogada russa durante a campanha eleitoral. De acordo com o jornal Washington Post, o presidente interveio pessoalmente para planejar e ditar uma justificativa para a polêmica reunião, realizada na Trump Tower de Nova York e cujo conteúdo continua rodeado de mistério.

    A denúncia sobre a participação direta do presidente em definir a narrativa para explicar essa reunião está em clara contradição com as declarações do chefe de Estado sobre o caso, do qual disse que não conhecia detalhes. Como existe uma investigação realizada por um procurador especial sobre a eventual cumplicidade entre o comitê de campanha de Trump e funcionários russos, a intervenção do presidente poderia ser vista como uma tentativa de encobrir uma informação potencialmente transcendente.

    A porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee, disse nesta terça-feira que o presidente “deu a sua opinião” sobre o caso “como qualquer pai faria”. Entretanto, insistiu que o depoimento apresentado por Donald Jr. “foi verdadeiro e não continha imprecisões”.

    Adoções ou Hillary Clinton?

    No início de julho, enquanto Trump participava da cúpula do G20 na Alemanha, a imprensa americana revelou que em plena campanha de 2016, Donald Jr. teria mantido uma incomum reunião com uma advogada e dois empresários russos. O então presidente do comitê de campanha de Trump, Paul Manafort, e o genro do candidato à Presidência, Jared Kushner, também participaram do encontro.

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    Segundo o Washington Post, Trump e seus assessores decidiram que era essencial que Donald Jr. tornasse pública qualquer informação para evitar especulações. Entretanto, no voo de volta, o presidente mudou de ideia, ignorou o conselho de seus assessores e ditou a declaração que Donald Jr. posteriormente publicou e repetiu a uma comissão do Senado.

    De acordo com essa versão, na reunião, os interlocutores russos estavam interessados em falar apenas sobre as barreiras à adoção de crianças nascidas na Rússia por famílias americanas. Mas e-mails divulgados pelo próprio Donald Jr. sugerem que a equipe de campanha tinha a expectativa de receber dos russos informações comprometedoras sobre a candidata democrata à Presidência, Hillary Clinton.

    Crise interminável

    A polêmica sem fim sobre a cumplicidade entre funcionários russos e o comitê de campanha se tornou uma tempestade sobre a Casa Branca que o atual governo não consegue espantar. O caso já gerou momentos traumáticos, a começar pelo próprio Manafort, que foi forçado a abandonar o comitê de campanha antes das eleições. Também durante a campanha, agências de Inteligência afirmaram que hackers russos estavam por trás da pirataria de milhares de e-mails do comitê de campanha de Hillary e seu envio ao site WikiLeaks, que os tornou públicos.

    O primeiro funcionário a cair foi o general Michael Flynn, que teve contatos com diplomatas russos antes de assumir o cargo de conselheiro de Segurança Nacional, mas que escondeu essa informação de Trump e do vice-presidente, Mike Pence. Simultaneamente, o secretário de Justiça e procurador-geral, Jeff Sessions, se recusou a participar de qualquer investigação sobre a “questão russa” já que também manteve reuniões com funcionários russos durante a campanha. Em seguida, o diretor do FBI, James Comey, deixou o governo depois de provocar a ira do presidente ao insistir em manter Flynn no foco das investigações. Este ambiente caótico levou o procurador-geral adjunto, Rod Rosenstein, a nomear o ex-diretor do FBI Robert Mueller como procurador especial para levar à frente a investigação sobre as relações entre Trump e a Rússia.

    Nas últimas semanas o caso parece ter passado de um discreto segundo plano para a explosão de uma guerra aberta e generalizada por espaço político dentro da Casa Branca. Não obstante, a denúncia sobre a participação direta de Trump na operação para justificar a reunião de seu filho com cidadãos russos em plena campanha volta a colocar o presidente no centro da tempestade.

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    (Com AFP)

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