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Tribunal russo condena duas artistas à prisão por ‘justificar terrorismo’

Svetlana Petriychuk e Zhenya Berkovich receberam 6 anos de prisão por peça que retrata mulheres que se casaram com membros do Estado Islâmico

Por Da Redação
Atualizado em 8 jul 2024, 22h32 - Publicado em 8 jul 2024, 18h27
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  • A dramaturga Svetlana Petriychuk (à esquerda) e a diretora Zhenya Berkovich (à direita) durante audiência.
    A dramaturga Svetlana Petriychuk (à esquerda) e a diretora Zhenya Berkovich (à direita) durante audiência.  (Медиазона/Twitter)

    Um tribunal da Rússia condenou nesta segunda-feira, 8, a dramaturga Svetlana Petriychuk e diretora Zhenya Berkovich a seis anos de prisão por “justificar terrorismo” devido à peça Finist, o Falcão Corajoso, que retrata mulheres russas que se casaram com membros do Estado Islâmico (EI). Este é o caso mais proeminente de censura à liberdade artística e de expressão desde o início da guerra na Ucrânia, há quase dois anos e meio.

    A peça, lançada em 2020 e vencedora de dois prêmios Máscara de Ouro, é uma adaptação de um conto de fadas para contar a história de mulheres que são atraídas por homens, através da internet, para se associarem ao Estado Islâmico. A história seria baseada em relatos verdadeiros da antiga União Soviética, de russas que, de fato, se associaram a terroristas. No espetáculo de Petriychuk e Berkovich, a personagem principal retorna ao país desiludida e é condenada à prisão por crimes de terrorismo.

    Segundo a promotora Ekaterina Denisova, Petriychuk mantém “ideologias islâmicas extremamente agressivas” e uma “opinião positiva” sobre o Estado Islâmico, enquanto Berkovich teria “convicções ideológicas relacionadas à justificação e propaganda do terrorismo”. No meio do julgamento, o juiz Yuri Massin aprovou um pedido dos promotores para fechar o processo ao público devido a supostas ameaças a alguns participantes.

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    Um especialista do Serviço Federal de Segurança da Rússia, sucessor da KGB, serviu como testemunha e afirmou que a peça “romantizou a imagem do terrorismo”. Em audiência, Berkovich disse que a performance busca “prevenir o terrorismo” e que sentia “nada além de condenação e desgosto” a respeito dos radicais islâmicos. A dupla declarou inocência no julgamento de sete semanas e recorrerá ao veredito.

    “É claro que apelaremos dessa decisão, embora tenhamos pouca esperança”, disse Karpinskaya, do lado de fora do tribunal. “Mas quero que saibam que eles são absolutamente inocentes. Nada de novo foi produzido na sessão fechada.”

    No ano passado, após a detenção das artistas, mais de 16 mil pessoas assinaram uma carta contra o que chamaram de “perseguição de pessoas com base em acusações forjadas”. Organizado pelo jornal independente Novaya Gazeta, o documento também condenou a “ideologia que governa a arte” e “a destruição do teatro e da cultura”, bem como a decisão de “destacar e sequestrar pessoas na indústria teatral que decidiram ficar em seu país de origem.”

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