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Tribunal de Hong Kong proíbe hino de protesto contra a China

Juízes consideraram que a canção 'Glória a Hong Kong' foi criada para ser usada 'como arma' contra o governo de Pequim

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 13h53 - Publicado em 8 Maio 2024, 11h11
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  • Protestos pró-democracia em Hong Kong
    HONG KONG, CHINA - 2020/06/04: Pro-democracy protesters march with banners and flags with pro-independency messages during a memorial vigil at Victoria Park in the Causeway Bay district of Hong Kong. Thousands gathered for the annual memorial vigil in Victoria Park to mark the 1989 Tiananmen Square Massacre despite a police ban citing coronavirus social distancing restrictions. (Photo by Ivan Abreu/SOPA Images/LightRocket via Getty Images) (Ivan Abreu/Getty Images)

    O Tribunal de Apelação de Hong Kong acatou nesta quarta-feira, 8, um pedido do governo para proibir a canção “Glória a Hong Kong”, um hino de protesto pró-democracia e contra o governo chinês.

    A decisão do tribunal proíbe a transmissão, a distribuição e o compartilhamento da música com a “intenção de estimular a secessão, sugerir que Hong Kong é um estado independente ou insultar o hino nacional chinês”. A canção ainda pode ser utilizada em atividades acadêmicas ou jornalísticas legais.

    “Música como arma”

    Os juízes do Tribunal de Apelação Jeremy Poon, Carlye Chu e Anthea Pang afirmaram que o compositor de “Glória a Hong Kong” pretendia que a música fosse utilizada como arma. “Nas mãos daqueles que têm a intenção de incitar a secessão e a sedição, a canção pode ser utilizada para despertar sentimentos anti-establishment”, escreveram eles.

    O pedido havia sido rejeitado em junho do ano passado por um tribunal inferior, que alegou que a proibição causaria “efeitos inibidores” na liberdade de expressão da população. No entanto, o governo recorreu da decisão depois que a canção foi tocada em diversos eventos internacionais como hino oficial de Hong Kong.

    Liberdade ameaçada

    A proibição do hino de protesto aumenta a preocupação em relação à liberdade na região, onde Pequim já ordenou a prisão de dezenas de políticos e ativistas opositores ao regime do Partido Comunista Chinês, bem como o fechamento de meios de comunicação progressistas. Críticos afirmam que a decisão do tribunal reflete a erosão do Estado de direito e da liberdade em Hong Kong.

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    O tribunal também solicitou que canção fosse removida das ferramentas de busca e plataformas de vídeo de empresas de tecnologia como o Google. “Uma liminar é necessária para persuadir os operadores de plataformas de Internet (IPOs) a removerem os vídeos problemáticos relacionados à música”, disseram os juízes. 

    O Google havia negado um pedido do governo para alterar seus resultados de pesquisa que exibiam o hino de protesto como hino oficial de Hong Kong. No entanto, a empresa afirmou que “está revisando a decisão do tribunal”, depois da proibição ter sido acatada.

    O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, afirmou que banir a música era “uma medida legítima e necessária por parte (de Hong Kong) para cumprir sua responsabilidade de salvaguardar a segurança nacional”.

    “Glória a Hong Kong” é cantada no dialeto nativo do território, o cantonês, e foi escrita em 2019 em meio a uma onda de protestos pró-democracia. Desde então, foi considerada o hino oficial do país, ao invés da da “Marcha dos Voluntários” da China. A música já era proibida nas escolas desde 2020 pela lei de segurança nacional da China.

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