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Tribunal Constitucional do Zimbábue ratifica eleição de Mnangagwa

Oposição pediu revisão dos votos e denunciou fraudes na contagem e na divulgação dos resultados

Por Da Redação
Atualizado em 24 ago 2018, 16h35 - Publicado em 24 ago 2018, 12h52
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  • O Tribunal Constitucional do Zimbábue aprovou nesta sexta-feira 24 os resultados das últimas eleições, que deram a vitória ao atual presidente, Emmerson Mnangangwa, e rejeitou o recurso apresentado pela oposição.

    A conclusão da Corte foi de que não há evidências suficientes da suposta “fraude” e do “roubo” denunciados pelo partido opositor Movimento pela Mudança Democrática (MDC), liderado pelo candidato derrotado, Nelson Chamisa.

    “Não há provas de que ocorreram realmente estas irregularidades e, portanto, não há razão para que esta Corte vá além sobre como estas irregularidades podem ter afetado o resultado eleitoral”, disse hoje o juiz Luke Malaba, responsável pelo tribunal, ao ler a sentença.

    Segundo os resultados oficiais divulgados pela Comissão Eleitoral do Zimbábue (ZEC), Mnangagwa obteve 50,6% dos votos (número revisado, já que inicialmente era de 50,8%), enquanto Chamisa ficou com 44,3%.

    Essas eleições eram especiais por serem as primeiras sem Robert Mugabe, que controlou o país com mão de ferro durante quase quatro décadas, até ser forçado a renunciar por um levante militar em novembro do ano passado.

    Minutos antes de sair a decisão de hoje, Chamisa acusou o governo de saber do resultado e de já estar organizando a cerimônia de posse de Mnangagwa. “Alguém está preparando uma posse e não há forma de saber se será assim sem que tenha saído o veredicto”, disse em entrevista à imprensa em frente ao Tribunal.

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    Entre as eleições e o veredicto de hoje do Tribunal Constitucional, muita tensão se instalou no Zimbábue, com jornadas de violência que deixaram seis mortos na capital antes de serem publicados os resultados.

    O governo acusou então o MDC de incentivar seus seguidores a provocarem distúrbios nas ruas, que foram duramente reprimidos pelos militares e pela polícia.

    (Com EFE)

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