O primeiro-ministro da Coreia do Sul, Han Duck-soo, condenou nesta terça-feira, 1, as falhas da polícia na contenção do desastre que provocou a morte de 156 pessoas durante as festividades do Halloween de Itaewon, distrito da capital Seul.
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Expressando pesar às famílias enlutadas, o premiê chamou a tragédia de “acidente desastroso que não deveria ter acontecido” e garantiu que o governo trabalhará com todos os ministérios, agências e instituições médicas para que casos semelhantes nunca mais aconteçam.
O ministro do Interior e da Segurança, Lee Sang-min, também assumiu que as autoridades têm responsabilidade sobre as mortes.
“Peço profundas desculpas às vítimas, apesar do Estado ter infinita responsabilidade pela segurança das pessoas”, disse o político em sessão parlamentar da segunda-feira 31.
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O prefeito de Seul, Oh Se-hoon, também se desculpou em lágrimas durante uma entrevista coletiva e disse que o governo da cidade colocaria todos os recursos administrativos disponíveis “até que todos os cidadãos possam retornar às suas vidas normais”.
Nesta terça-feira, 1, o chefe de polícia do país, Yoon Hee-keun, pediu desculpas por uma resposta de emergência “inadequada” ao tumulto mortal.
“Recebemos relatórios de chamadas de emergência nos informando sobre o perigo com antecedência”, disse o oficial.
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A investigação observou uma grande quantidade de chamadas feitas ao número da policia antes do desastre. A primeira chamada para a polícia de Itaewon ocorreu às 18h34, horário local – várias horas antes do pisoteamento.
Segundo informações da rede de notícias britânica BBC, uma das ligações informou que o local onde ocorreu o incidente estava ficando “perigosamente lotado”.
Muitos compareceram nesta terça-feira ao memorial às vítimas, instalado perto da prefeitura da capital sul-coreana. A maioria dos mortos eram jovens na faixa dos 20 anos, disseram autoridades.
A falta de organização do evento tem sido a principal culpada da tragédia. No sábado 30, cerca de 100 mil pessoas se reuniram bairro de Itaewon para celebrar o Halloween. Apenas 137 policiais estavam no local para controlar o trânsito e prevenir crimes.
O tumulto na comemoração provocou a morte por esmagamento de 156 pessoas, incluindo 20 estrangeiros, e deixou centenas de feridos.