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Testemunhas têm imunidade para depor contra ex-chefe da campanha de Trump

Paul Manafort é investigado por trabalhar para governos e autoridades estrangeiras da Rússia e da Ucrânia

Por Da Redação
Atualizado em 23 jul 2018, 22h53 - Publicado em 23 jul 2018, 20h53
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  • O juiz Thomas Selby Ellis III concedeu nesta segunda-feira (23) imunidade a cinco testemunhas de acusação para que deponham no julgamento de Paul Manafort, ex-chefe de campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nas eleições de 2016, e réu em um caso de fraudes no Estado da Virgínia.

    As testemunhas, que não tiveram os nomes revelados, foram solicitadas na semana passada pela equipe do procurador especial Robert Mueller, que investiga os supostos laços entre a Rússia e membros da campanha de Trump.

    Nos Estados Unidos, as testemunhas que recebem imunidade não podem ser acusadas ou ter seu próprio testemunho usado como evidência em um processo contra elas mesmas.

    Ellis pediu hoje à acusação que entregue à defesa uma lista com os nomes das trinta pessoas que vão testemunhar no julgamento. Entre elas provavelmente estará Rick Gates, que durante anos foi o braço-direito de Manafort, mas o traiu ao se declarar culpado na investigação do caso.

    Gates trabalhou durante quase trinta anos na empresa de consultoria política de Manafort e, em 2016, se tornou o seu “número dois” durante a campanha de Trump.

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    Manafort foi contratado pela equipe de Trump em março de 2016, em maio tornou-se o principal estrategista, e em junho assumiu o comando da campanha eleitoral, até sair em agosto, quando foi revelado que estava sendo investigado na Ucrânia por receber pagamentos de um partido pró-Rússia.

    Segundo o promotor especial, Manafort trabalhou de 2006 a 2017 para governos estrangeiros sem comunicar às autoridades americanas, como manda a lei do país. Por esses trabalhos, ele recebeu 75 milhões de dólares, mas escondeu a origem ilícita com a abertura de contas bancárias no exterior.

    Entre os clientes estavam o governo do ex-presidente da Ucrânia de 2010 a 2014, Viktor Yanukovich, e alguns oligarcas russos, aos quais ajudou a melhorar a imagem em Washington.

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    O processo contra Manafort é produto da investigação de Mueller sobre a suposta ingerência da Rússia nas eleições americanas de 2016, mas não tem envolvimento com as atividades que ele desempenhou como chefe da campanha de Trump.

    Nos próximos meses, Manafort será julgado em duas cortes nas quais se declarou inocente. A primeira audiência foi remarcada hoje para 31 de julho, na Virgínia, e a segunda acontecerá em 17 de setembro, em Washington.

    (Com EFE)

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