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Tentativa de fuga na maior prisão do Congo resulta em 129 mortos

Prisão superlotada na capital Kinshasa abriga mais de 14 mil priosioneiros, mas tem capacidade para apenas 1.500

Por Da Redação 3 set 2024, 13h00
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  • Uma tentativa de fuga da maior prisão da República Democrática do Congo, na capital, Kinshasa, durante a madrugada desta segunda-feira, 2, resultou na morte de 129 pessoas, relataram as autoridades locais.

    Parte da prisão de Makala foi incendiada pelos prisioneiros que tentavam escapar, incluindo a administração e os cartórios. Segundo o ministro do Interior, Jacquemain Shabani, a maioria dos detidos morreu sufocada durante uma briga no momento da fuga, enquanto 24 deles morreram “baleados após advertências”.

    O porta-voz do governo, Patrick Muyaya, garantiu que a situação estava “sob controle”, enquanto o ministro da Justiça, Constant Mutamba, anunciou que investigações estão em andamento “para identificar e punir severamente os responsáveis por esses atos de sabotagem”.

    Um dia após a tentativa de fuga, Shabani divulgou um vídeo no X reconhecendo a gravidade da situação. Ele informou que outras 60 pessoas foram gravemente feridas e hospitalizadas.

    “Esta é também uma oportunidade para elogiar todos os serviços de segurança, a polícia nacional e o exército, que responderam rapidamente e conseguiram conter a situação, impedindo a fuga”, disse ele.

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    Testemunhas locais relataram ter ouvido tiros contínuos a partir das 02h00 da segunda-feira e vídeos compartilhados nas redes sociais mostraram corpos no chão da prisão e pessoas gritando por socorro.

    Prisão superlotada

    A prisão de Makala, construída na década de 1950, tem capacidade para 1.500 detentos, mas atualmente abriga mais de 14 mil prisioneiros.

    Condições precárias na prisão, como escassez de alimentos e falta de higiene, já haviam sido relatadas anteriormente. Em 2020, a emissora BBC informou que apenas 6% dos prisioneiros estavam cumprindo penas efetivas em Makala, enquanto a maioria estava detida por questões legais pendentes.

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    Mutamba prometeu reforçar os esforços para descongestionar as prisões no país e anunciou que a transferência de prisioneiros para a prisão de Makala será suspensa por tempo indeterminado.

    Em 2017, mais de 4 mil presos conseguiram escapar após um ataque noturno de homens armado à prisão em Kinshasa.

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