A tempestade Ernesto foi transformada em um furacão nesta quarta-feira, 14, que, somado a chuvas torrenciais, deixou metade de Porto Rico sem energia elétrica. Agora, o furacão segue em direção a Bermudas, em águas abertas, com ventos de 120 km/h. Há possibilidade de que aumente sua potência nas próximas 48 horas, segundo o Centro Nacional de Furacões.
Em razão das fortes chuvas, um alerta estava em vigor em Porto Rico e nas suas ilhas periféricas, Vieques e Culebra, bem como nas Ilhas Virgens Americanas e Britânicas. Um apagão foi registrado em St John e St Croix e ao menos seis torres de celular não estavam funcionando na região, informou o diretor da Agência de Gestão de Emergências Territoriais das Ilhas Virgens, Daryl Jaschen.
“Muita chuva, muita chuva”, disse Edilberto Romero, prefeito de Culebra, em entrevista ao jornal britânico The Guardian. “Temos árvores que caíram em vias públicas. Alguns telhados foram arrancados.”
Mais de meio milhão de moradores porto-riquenhos ficaram no escuro. A Luma Energy, empresa distribuição de energia que atua no país, informou que tinha como prioridade restaurar o funcionamento em hospitais, empresas de água e esgoto da ilha e outros serviços essenciais.
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Inundações e voos cancelados
Inundações também foram relatadas em Porto Rico e nas Ilhas Virgens Americanas, o que culminou no fechamento de estradas. Escolas e agências governamentais fecharam as portas e quase 100 voos para aeroportos porto-riquenhos foram cancelados. Há previsão de 100 a 150 milímetros de chuva nos Estados Unidos e nas Ilhas Virgens Britânicas, e de 150 a 200 milímetros em Porto Rico, território pertencente aos EUA.
A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional previu uma temporada de furacões acima do normal no Atlântico neste ano, em razão das temperaturas quentes recordes do oceano, reflexo da mudança climática provocada pela ação humana. Os meteorologistas também advertiram para fortes ondas na costa leste dos EUA. Acredita-se que o furacão chegue às ilhas bermudenses entre sexta-feira e sábado.
“Os moradores precisam se preparar agora antes que as condições piorem”, alertou o ministro da segurança nacional das Bermudas, Michael Weeks. “Agora não é hora para complacência.”
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