Ao mesmo tempo que os primeiros tanques Leopard fornecidos pela Polônia chegaram à Ucrânia , os aliados ocidentais e o G7 – grupo composto pela Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido – anunciaram uma série de novas sanções econômicas, militares e financeiras contra a Rússia. A medida, anunciada nesta sexta-feira, 24, seria um esforço renovado para enfraquecer a potência do presidente russo, Vladimir Putin.
Em uma visita a capital da Ucrânia, Kiev, o primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, comentou sobre a marca de um ano da invasão russa e confirmou que quatro tanques foram entregues à Ucrânia.
“A Polônia e a Europa estão ao seu lado. Definitivamente não vamos deixar vocês, vamos apoiar a Ucrânia até a vitória completa sobre a Rússia”, afirmou em discurso junto ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Diversas cerimônias em homenagem aos mortos pela guerra ocorreram em Kiev e em outros países ocidentais aliados ao país. As cores da bandeira da Ucrânia, azul e amarelo, foram projetadas na Torre Eiffel, em Paris, no Portão de Brandemburgo,
Enquanto as cerimônias para lembrar os mortos aconteciam em Kiev, aliados ocidentais estenderam seu apoio. Nesta sexta-feira, 24, o G7 anunciou estar determinado a tomar medidas sem precedentes com objetivo de enfraquecer a Rússia e prometeu medidas contra as exportações russas de diamantes, um assunto considerado polêmico na Europa.
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O grupo alertou que os países que ajudarem Moscou a escapar das sanções implementadas iriam enfrentar “custos severos”, além de estabelecerem um “mecanismo de coordenação de aplicação” para impedir a evasão das sanções já impostas.
“Apelamos a terceiros países ou outros atores internacionais que buscam fugir ou minar nossas medidas para que parem de fornecer apoio material à guerra da Rússia ou enfrentarão custos severos”, disseram os líderes do G7 em uma declaração conjunta.
Antes da reunião do grupo, os Estados Unidos anunciaram mais ajuda militar à Ucrânia e sanções contra a Rússia e seus apoiadores, incluindo empresas chinesas. O governo americano também vai enviar mais munições para o sistema de foguetes de artilharia de alta mobilidade e mais canhões de obus de 155 mm que Washington forneceu ao longo do ano passado.
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Além disso, o departamento de comércio dos EUA vai listar mais de 80 empresas da Rússia, da China e de outros países acusados de quebrar as sanções. As atividades “de aterramento em apoio ao setor de defesa da Rússia” utilizadas para reabastecer o material que Moscou usou na invasão também vão ser consideradas como quebra das medidas.
O governo do presidente americano, Joe Biden, deixou claro que a ajuda chinesa à máquina de guerra russa levantou preocupações de que Pequim pensa em fornecer armas diretamente para a Rússia. Já as empresas indicadas vão ser impedidas de comprar itens de alta tecnologia, como semicondutores fabricados nos Estados Unidos, ou usar tecnologia americana no exterior.
As tarifas em cima das importações de metais, minerais, produtos químicos, e alumínio fundido da Rússia também vão ser aumentadas. O novo valor é estimado em 2,8 bilhões de dólares.
“A Rússia está caindo para trás em direção a uma economia autárquica separada do mundo. Nossas sanções estão corroendo fortemente sua base econômica, cortando qualquer perspectiva de modernizá-la”, argumentou a chefe da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, em Tallinn, onde participou de cerimônias para marcar o dia da independência da Estônia.
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Nesta 10º rodada de sanções, a União Europeia deve anunciar, ainda nesta sexta-feira, a proibição de 11 bilhões de euros em exportações de tecnologia críticas para a Rússia. Embora a Itália tenha se oposto a uma eliminação rápida, a Polônia, em um passo surpreendente, insistiu que o comércio fosse interrompido imediatamente.
“A Polônia está basicamente parando todo esse pacote em 24 de fevereiro para obter alguma vantagem suposta para a indústria de borracha polonesa”, explicou um diplomata sobre a medida do país.
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De acordo com um documento do Banco Europeu para Reconstrução e Desenvolvimento divulgado nesta sexta-feira, as exportações da UE e do Reino Unido para a Armênia, Cazaquistão e Quirguistão, todos membros da União Aduaneira da Eurásia com a Rússia e a Bielo-Rússia, aumentaram entre 15% e 90% após a invasão da Ucrânia.
O aumento foi particularmente acentuado para bens sancionados que não estão mais disponíveis para a Rússia. Um dos autores do relatório afirmou que os números mostraram “um padrão sugestivo de novas cadeias de suprimentos”.