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Talibã proíbe mulheres de frequentarem espaços públicos em Cabul

Governo do Afeganistão impõe novas regras de circulação na capital que limita o acesso por gênero a parques públicos e de diversão

Por Da Redação
Atualizado em 10 nov 2022, 11h16 - Publicado em 10 nov 2022, 11h12
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  • O regime Talibã restringiu, nesta quinta-feira, 10, o acesso de mulheres a parques públicos e de diversões em Cabul, capital do Afeganistão.

    O novo decreto limita ainda mais a circulação de pessoas do gênero feminino pela cidade. As afegãs já são proibidas de viajar sem um acompanhante masculino, sendo obrigadas a usar o hijab (véu islâmico que cobre os cabelos) ou burca (vestimenta que deixa apenas olhos visíveos) sempre que estiverem fora de casa. Há mais de um ano, também foram fechadas escolas secundárias para meninas na maior parte do país.

    + Talibã reconhece isolamento e falta de reconhecimento internacional

    Justificando a decisão, Mohammad Akif Sadeq Mohajir, porta-voz do Ministério para a Prevenção do Vício e Promoção da Virtude, afirmou que a medida tem o objetivo de impedir a violação das leis do regime.

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    “Em muitos lugares, regras foram violadas. Houve mistura [de homens e mulheres], a regra do hijab não foi seguida, por isso a decisão foi tomada”, disse a autoridade islâmica à agência de notícias AFP.

    + Talibã um ano depois: legado de fome, miséria e desrespeito às mulheres

    A notícia foi recebida com desânimo por mulheres e empresários que estimam o esvaziamento de parques de diversões provocado pela nova medida. Atrações do Parque Zazai, que oferece uma vista espetacular de Cabul, foram fechadas por falta de visitantes.

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    Antes da proibição desta semana, o local atingia recebia centenas de pessoas nos dias em que as mulheres traziam seus filhos. Na quarta-feira 9, apenas um punhado de homens vagava pelo complexo.

    + O Talibã de hoje é igual ao de ontem

    Habib Jan Zazai, responsável pelo negócio, se preocupa de ter que fechar as portas do negócio, em que investiu US$ 11 milhões (R$ 58 milhões) e que emprega mais de 250 pessoas. “Sem mulheres, as crianças não virão sozinhas”, disse ele à AFP.

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    O setor privado também teme que decretos do Talibã desencorajem o investimento de estrangeiros ou de afegãos que moram no exterior, além de afetar a arrecadação de impostos no país.

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