Com 22 novos casos registrados nesta sexta-feira, 25, no estado de Nova Gales do Sul, Sidney e mais três regiões da Austrália ficarão fechadas por pelo menos uma semana. O estado agora conta com 65 casos ativos, o maior número em seis meses.
Mais de cinco milhões de pessoas que vivem e trabalham na região central e leste de Sidney terão que ficar em casa da meia noite desta sexta até meia noite de 2 de julho. Só será permitido sair para realizar atividades essenciais, como comprar alimentos ou cuidar de familiares, e todos os comércios, exceto os essenciais, serão fechados. Exercícios ao ar livre com grupos de até dez pessoas também serão autorizados.
“O conselho do Ministério da Saúde é que não queremos ver essa situação se prolongar por semanas. Gostaríamos que essa situação acabasse mais cedo ou mais tarde”, disse a premiê de Nova Gales do Sul, Gladys Berejiklian.
O governo identificou que o novo surto começou em um salão de beleza em Sidney, no qual três funcionários trabalhavam enquanto estavam infectados. As autoridades esperam que mais casos apareçam nos próximos dias, uma vez que mais de 900 clientes estiveram no salão. Todas as pessoas que estiveram no local nos últimos dias foram solicitadas a fazer o teste de Covid-19 e a se isolarem.
O país, que até agora registrou 910 mortes pela doença, vinha sendo um bom exemplo de controle da pandemia, por aplicar testagem em massa e medidas de lockdown. Ao todo, a Austrália soma 30.422 casos registrados.
Com o novo surto, o uso de máscara volta a ser obrigatório, e viagens para algumas cidades não serão permitidas. Governos de outros estados da Austrália também proibiram viagens para o estado de Nova Gales do Sul.
As novas restrições também refletem a preocupação do governo com o avanço da variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia. As infecções confirmadas parecem ter acontecido com maior rapidez, característica da nova cepa altamente transmissível, que preocupa países que já estavam com a situação da Covid-19 controlada.