Autor do pior massacre racista da história recente nos Estados Unidos, o supremacista branco Dylann Roof foi condenado à pena de morte nesta terça-feira. A decisão foi tomada por um júri de 12 pessoas, após audiência na qual o jovem de 22 anos defendeu a si mesmo no tribunal. A sentença deve será confirmada na manhã de quarta-feira, pelo juiz Richard Gergel.
Antes de o júri deliberar durante três horas sobre seu futuro, Roof demonstrou não se arrepender do massacre que deixou nove mortos em uma igreja voltada à comunidade negra em Charleston, na Carolina do Sul, em 2015.
“Na minha confissão ao FBI, disse a eles que não tive escolha e isso obviamente não é verdade… Eu não tinha que fazer nada”, afirmou o jovem, durante sua declaração final. “Quando disse isso, o que pretendia falar era que eu sentia que precisava fazer aquilo. Ainda sinto que precisava fazer”, disse.
Ao contrário do restante de seu julgamento, no qual se manteve em silêncio, Roof disse saber que poderia usar seu depoimento para não ser condenado à morte, mas não sabe “que bem isso faria”. “O que eu vou dizer é que só um de vocês precisa discordar dos outros membros do júri”, lembrou, alertando que a pena de morte requer unanimidade. A outra opção de sentença, rejeitada pelo júri, seria a prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.