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Suprema Corte autoriza acesso de democratas a declarações fiscais de Trump

Tribunal recusou pedido feito pelo republicano para bloquear liberação dos documentos

Por Da Redação
Atualizado em 22 nov 2022, 19h10 - Publicado em 22 nov 2022, 19h08
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  • A Suprema Corte dos Estados Unidos eliminou uma barreira nesta terça-feira, 22, para que uma comissão da Câmara, controlada pelos democratas, receba as declarações fiscais do ex-presidente Donald Trump, recusando o pedido feito pelo republicano para bloquear a liberação dos documentos.

    Na prática, a decisão significa que o Departamento do Tesouro provavelmente entregará em breve os documentos aos democratas da Câmara, que pedem acesso aos arquivos desde 2019.

    A decisão anunciada nesta terça-feira acontece poucos dias depois de Trump anunciar que planeja tentar voltar à Casa Branca, o que complicaria a abertura de processos criminais, uma vez que ele teria proteção como presidente.

    Segundo a equipe jurídica de Trump, citada pelo New York Times, o pedido feito pela comissão não tem base legal. Os advogados já haviam instado os juízes a estenderem a suspensão de um tribunal de primeira instância, enquanto tentavam um recurso perante a Suprema Corte.

    O ex-presidente republicano rompeu a tradição de líderes dos Estados Unidos e se recusou a divulgar voluntariamente suas declarações fiscais como candidato presidencial e, posteriormente, como presidente, argumentando que está sob uma auditoria da agência tributária do país.

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    Um tribunal de apelações do Distrito de Columbia decidiu, em agosto deste ano, que o Congresso tem o direito de obter os registros, coisa que os democratas tentam desde que conquistaram a maioria na Câmara e no Senado, em 2019. 

    + A tentativa de Trump de impedir investigação do FBI sobre espionagem

    No entanto, o advogado-chefe da Câmara, Douglas Neal Letter, instou a Suprema Corte a não intervir, destacando para a nova composição do Congresso, em janeiro de 2023, após as recentes eleições legislativas. Qualquer atraso adicional “deixaria o comitê e o Congresso como um todo com pouco ou nenhum tempo para concluir seu trabalho legislativo”, escreveu ele em um comunicado no início de novembro.

    A corte disse que negava o pedido do time de Trump, pois não havia qualquer fundamentação legal para a decisão. Mesmo que Trump tenha nomeado três juízes para o tribunal  durante o seu mandato Neil Gorsuch, Brett Kavanaugh e Amy Coney Barrett a ordem do conselho não foi assinada e não registrou nenhuma dissidência.

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    +EUA: Trump tentou esconder arquivos secretos, diz Departamento de Justiça

    Trump recusa tornar suas declarações fiscais desde o começo de seu mandato em 2016, de modo que ele quebrou o precedente estabelecido por presidentes dos Estados Unidos. Três anos depois, quando os democratas assumiram a Câmara,  Neal pediu ao Tesouro Nacional que os fornecesse.

    Apesar de já ter dito que pretende concorrer à presidência dos Estados Unidos em 2024, Trump enfrenta uma série de investigações. Em setembro, o estado de Nova York abriu uma ação civil contra ele alegando “vários atos de fraude e deturpação” em sua empresa, a Trump Organization. 

    Além dela, o Departamento de Justiça do país está conduzindo uma investigação criminal sobre o possível uso indevido de documentos secretos do governo, que foram encontrados em sua propriedade na Flórida. 

    Há ainda mais uma, esta realizada pelo comitê especial do Congresso que analisa o ataque ao Capitólio, que aponta Trump como figura central responsável pelos atos. Recentemente, o painel emitiu uma intimação para que ele fosse depor perante o comitê. 

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