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Submarino dos EUA com capacidade nuclear faz escala na Coreia do Sul

Equipamento, que chega à península pela primeira vez em 40 anos, tem capacidade para atingir a Coreia do Norte

Por Da Redação
18 jul 2023, 16h52
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  • O submarino dos Estados Unidos RSS Kentucky aportou nesta terça-feira, 18, em Busan, na Coreia do Sul. É a primeira vez em quatro décadas que um equipamento americano com capacidade nuclear navega pelas águas da conturbada península, que é dividida com a Coreia do Norte.

    A visita bélica ocorre poucos dias depois que o governo norte-coreano de Kim Jong-un realizou testes de um possível míssil balístico intercontinental (ICBM) de combustível sólido, aumentando a tensão entre as nações vizinhas.

    Washington prometeu enviar o equipamento ao país aliado em abril deste ano, quando foi inaugurado o Grupo Consultivo Nuclear (GCN) através da assinatura da Declaração de Washington. Formalizado pelo presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, o fórum prevê o fortalecimento da proteção nuclear americana aos sul-coreanos, de forma a inibir ataques da Coreia do Norte.

    “Nosso tratado de defesa mútua é rígido e inclui nosso compromisso de estender a dissuasão”, disse Biden durante o encontro. “Isso inclui a ameaça nuclear, a dissuasão nuclear”, enfatizou.

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    Em abril, especialistas já alertavam que a visita do submarino às águas coreanas seria controversa, destacando que a Marinha americana e a Defesa sul-coreana estariam reduzindo a furtividade da arma ao oferecer sua localização e a hora de chegada.

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    Sem muitos detalhes, o Ministério da Defesa da Coreia do Sul comunicou que o RSS Kentucky chegou ao país nesta tarde. Nas redes sociais, o Comando Estratégico dos Estados Unidos destacou estar “empenhado em manter a Dissuasão Estratégica em todo o espectro de competição e conflito”.

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    Em declaração conjunta, os dois países afirmaram que o GCN traria benefícios para a “manutenção da paz e estabilidade na Península Coreana e em toda a região do Indo-Pacífico”.

    “A reunião inaugural do NCG deu aos Estados Unidos a oportunidade de reafirmar e fortalecer o compromisso de fornecer dissuasão estendida à Coreia do Sul, apoiada por toda a gama de capacidades dos Estados Unidos, incluindo nuclear”, disse o comunicado.

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    Os submarinos da classe Ohio, como é o caso do USS Kentucky, têm capacidade para transportar 20 mísseis balísticos Trident II que, por sua vez, podem ser equipados com quatro ogivas nucleares. Ou seja, esse modelo pode levar a bordo 80 bombas atômicas.

    O míssil tem, ainda, um poder de alcance de 7.400 km, o que o torna capaz de atingir alvos na Coreia do Norte por meio dos oceanos Pacífico, Índico ou Ártico.

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    Contrariada com a chegada do submarino americano à península, Kim Yo-jong, irmã de Kim Jong-un, destacou na segunda-feira 17 que a ação afetaria negativamente as já conturbadas relações entre Washington e Pyongyang, uma vez que autoridades americanas estariam “discutindo abertamente o uso de armas nucleares contra a República Popular Democrática da Coreia”, como o regime chama a nação.

    “Os Estados Unidos devem saber que seu sistema de dissuasão estendido reforçado e sistema de aliança militar excessivamente estendido, uma entidade ameaçadora, apenas fará com que a República Popular Democrática da Coreia se afaste ainda mais da mesa de negociações”, afirmou.

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