Uma sobrevivente das mais de 500 pessoas que ficaram feridas durante o tiroteio ocorrido em 1º de outubro em Las Vegas, nos Estados Unidos, deu entrada nesta quarta-feira no primeiro processo judicial contra a MGM Mandalay Corp, matriz do hotel Mandalay Bay, de onde o atirador abriu fogo.
O processo está no nome de Paige Gasper, de 21 anos, segundo o documento da Corte do Distrito do Condado de Clark, em Nevada. O documento indica, entre outras coisas, que o hotel Mandalay Bay foi “negligente” ao não notar todas as armas que o atirador Stephen Paddock tinha no quarto e que não fez nada quando o hóspede quebrou as janelas.
A empresa organizadora de espetáculos Live Nation Entertainment e o próprio Paddock também estão incluídos no processo. Também é citada a Slide Fire Solutions LP, uma empresa que fabrica acessórios para que uma arma semiautomática dispare com a mesma velocidade e intensidade que uma arma automática.
Paige Gasper, natural do Texas e residente na cidade californiana de Wheatland, sofreu ferimentos no peito e já passou por diversas cirurgias, segundo indica a conta de financiamento coletivo Gofundme criada para arrecadar fundos para sua recuperação.
Nathan Morris, um advogado de Las Vegas especializado em danos pessoais e processos coletivos, é um dos representantes legais da jovem que pede uma compensação de 15.000 dólares (47.550 reais) – segundo a imprensa local – para cobrir as despesas de sua hospitalização.
“Paige ama Las Vegas e foi ao show esperando passar um tempo maravilhoso, o qual está acostumada a ter aqui na nossa cidade”, declarou Morris, segundo o Review Journal. “Ela quer que tomemos medidas para lidar com os erros de segurança que ocorreram e acreditamos que através desta ação podemos fazer com que Las Vegas seja tão segura como deveria ser, para que continue sendo o destino mundial que sabemos que é”, acrescentou.
Este é o primeiro processo registrado contra o Mandalay Bay, porém segundo especialistas provavelmente não será o último. Mais vítimas do massacre devem tentar conseguir indenizações do hotel para cobrir danos como despesas médicas ou deficiências causadas pela tragédia.
(Com EFE)