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Sobrevivente do Holocausto de 96 anos morre após bombardeio na Ucrânia

Vítima de campos de concentração nazistas, Boris Romantschenko estava dentro de prédio devastado por ataque aéreo na cidade de Kharkiv

Por Da Redação Atualizado em 21 mar 2022, 12h45 - Publicado em 21 mar 2022, 12h43

Um bombardeio na cidade de Kharkiv, na Ucrânia, atingiu o prédio em que morava Boris Romantschenko, 96, um sobrevivente do Holocausto. A informação foi divulgada nesta segunda, 21, pela fundação que mantém os memoriais de dois antigos campos de concentração nazistas na Alemanha.

“De acordo com o que soubemos de seus parentes, nosso amigo Boris Romantschenko, que sobreviveu aos campos de concentração de Buchenwald, Peenemünde, Dora e Bergen-Belsen, foi morto na sexta-feira passada em um ataque à bomba em seu prédio em Kharkiv. Estamos profundamente chocados”, relatou a fundação através de sua conta no Twitter.

Na publicação, a fundação relembrou que, em 2012, durante evento para marcar o aniversário da libertação do campo de concentração de Buchenwald, Romantschenko leu um juramento de “construir um novo mundo de paz e liberdade”.

Recentemente, ataques aéreos da Rússia também atingiram parte do complexo do Memorial do Holocausto Babi Yar, em Kiev, segundo informações do chefe do gabinete da Presidência ucraniana, Andriy Yermak. O local presta homenagem aos mais de 30 mil judeus exterminados na ocupação da região por forças nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

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Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, no Memorial Babi Yar, atacado pelas forças russas. (Getty/Getty Images)

Enquanto isso, o presidente da administração estatal na região de Kharkiv, Oleg Sinegubov, informou através de sua conta no Telegram que ontem à noite houve 58 ataques com artilharia, morteiros e vários lançadores de foguetes na área pelas forças russas.

Desde o início da guerra na Ucrânia, há pouco mais de três semanas, pelo menos 925 civis morreram por causas diretamente relacionadas ao conflito, segundo a Organização das Nações Unidas. A guerra também deixou ao menos 1.496 civis feridos, mostra o balanço divulgado pela ONU nesta segunda-feira.

Os números, no entanto, devem ser maiores, já que algumas áreas ainda não puderam ser acessadas devidamente e algumas mortes não puderam ser confirmadas.

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