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Sob pressão, Trump muda ligeiramente postura sobre armas de fogo

Presidente propôs proibição de "bump stocks", que transformam fuzis semiautomáticos em automáticos

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 16h57 - Publicado em 21 fev 2018, 10h40
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  • Enfrentado a onda de indignação gerada pelo violento ataque a tiros de dias atrás na Flórida, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs nesta terça-feira proibir a venda de um dispositivo para armas que aumenta a quantidade de disparos por minuto.

    Trump anunciou que pediu ao Departamento de Justiça para proibir os aparatos, conhecidos como “bump stocks”, que transformam fuzis semiautomáticos em automáticos. O mecanismo foi utilizado pelo atirador que provocou o massacre em Las Vegas em outubro de 2017.

    “Assinei uma diretriz que solicita ao procurador-geral propor regulamentações a fim de proibir todos os mecanismos que transformam armas legais em fuzis automáticos”, declarou o presidente na Casa Branca. “Esses textos devem estar finalizados logo”, acrescentou.

    O “bump sotck” é uma culatra móvel que usa a energia do retorno da arma para imprimir um movimento de vai e vem extremamente rápido ao fuzil, cujos projéteis recarregam no mesmo ritmo. O assassino de Las Vegas, que possuía 12 fuzis dotados de um sistema desse tipo, disparou até nove balas por segundo graças ao dispositivo.

    A Presidência, os legisladores republicanos e inclusive a Liga de Futebol Americano (NFL) afirmaram em outubro que esses mecanismos deveriam ser submetidos a mais controles. Entretanto, cinco meses depois não houve nenhuma novidade sobre o tema no Congresso.

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    Porém, a decisão de Trump em apoiar a proibição dos “bump stocks” foi interpretada por muitos como uma ação de pouco impacto. A própria Associação Nacional do Rifle (NRA, em inglês), o poderoso lobby das armas de fogo no país, apoia uma legislação mais rigorosa para a venda dos dispositivos.

    É de conhecimento geral que o presidente americano sofre grande pressão da NRA, que tem forte influência na política nacional e investiu por volta de 30 milhões de dólares na campanha eleitoral de Trump em 2016, segundo uma análise dos registros públicos de financiamento.

    A mobilização por mais ações do presidente em favor de leis mais severas para a compra de armas no país deve, por tanto, continuar. Dezenas de sobreviventes do massacre da Flórida planejam falar com legisladores sobre o controle de armas e segurança escolar na Assembleia do estado, em Tallahassee. Muitos estudantes também viajaram à Washington para protestar contra a atual legislação.

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    Nos últimos dias, Trump já vinha enfrentando grande pressão para fortalecer as leis de controle de armas no país. Segundo uma pesquisa publicada nesta terça pelo Washington Post e a ABC, mais de seis em cada 10 americanos consideram que a Casa Branca e o Congresso não fazem o necessário para prevenir os cada vez mais comuns ataques a tiros maciços.

    A mobilização de muitos americanos que conseguiram escapar da matança realizada em 14 de fevereiro em uma escola de Parkland, ao norte de Miami, continua suscitando um alto interesse dos meios de comunicação nacionais, revivendo um debate que durante muito tempo permaneceu paralisado.

    (Com AFP)

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