O bilionário Elon Musk está visitando Israel nesta segunda-feira, 27, para se encontrar com os líderes do país enquanto aumentam as acusações de antissemitismo na sua rede social X, anteriormente conhecida como Twitter. O magnata da tecnologia visitou um kibutz que foi atacado no mês passado por militantes do Hamas, junto do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Musk, vestindo um colete balístico e escoltado por uma série de seguranças, usou seu telefone para tirar fotos e vídeos da devastação do local.
O bilionário Elon Musk e o primeiro-ministro israelense Netanyahu visitaram um Kibutz no sul do país
Nota: Musk concordou com as exigências do regime de Tel Aviv de não fornecer internet com seus satélites Starlink para a Faixa de Gaza. pic.twitter.com/DPs8TM30VX— Tuca (Arthur) (@tucabr54) November 27, 2023
Em Kfar Aza, que fica cerca de 5 quilômetros a leste de Gaza, foram registradas mais de 100 mortes de civis durante a invasão de militantes do Hamas no dia 7 de outubro. Ao todo, a série de ataques deixou cerca de 1.200 mortos.
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Musk e Netanyahu também foram ao local do sequestro de Avigail Idan, de 4 anos, cujos pais foram mortos durante o ataque. Idan foi feita refém, mas libertada no último domingo, 26.
Musk também deve se encontrar com o presidente israelense, Isaac Herzog, e com Benny Gantz, ex-ministro da Defesa e atual membro de um gabinete especial de guerra. O ministro das comunicações de Israel, Shlomo Karhi, também falou sobre um acordo que seu ministério havia fechado com a empresa de internet via satélite Starlink, de Musk.
“Como resultado deste acordo significativo, as unidades de satélite Starlink só podem ser operadas em Israel com a aprovação do Ministério das Comunicações de Israel, incluindo a Faixa de Gaza”, escreveu Karhi.
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O último encontro de Netanyahu e Musk aconteceu em setembro, quando o primeiro-ministro disse ao CEO da Tesla que esperava poder encontrar uma forma de reverter o antissemitismo e outras formas de ódio dentro dos limites da Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos. Apesar disso, o porta-voz do governo israelense, Eylon Levy, se recusou a confirmar se Musk foi convidado a Israel ou viajou por conta própria.
O bilionário tem enfrentado acusações de tolerar mensagens antissemitas na plataforma desde que a comprou, no ano passado, e o conteúdo do X ganhou maior intensidade desde o início da guerra entre Israel e o Hamas. Uma série de grandes marcas, incluindo Disney e IBM, decidiram parar de anunciar na plataforma depois que um relatório do grupo Media Matters disse que anúncios estavam aparecendo ao lado de conteúdos pró-nazismo.
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Neste mês, o dono do X respondeu a um usuário que acusou os judeus de odiarem brancos e professou indiferença ao antissemitismo, dizendo: “Você disse a verdade”.
https://x.com/elonmusk/status/1724908287471272299