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Sitiada e sob bombardeio, Mariupol ignora ultimato de Putin

Situada na costa do Mar de Azov, cidade fica a 60 quilômetros da fronteira com a Rússia

Por Ernesto Neves Atualizado em 21 mar 2022, 13h12 - Publicado em 21 mar 2022, 12h52
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  • A Ucrânia rejeitou nesta segunda-feira (21) o ultimato feito pela Rússia para entregar a cidade de Mariupol, no sul do país.

    O comando militar do Kremlin alertou as autoridades em Mariupol que eles tinham até as 5h de 21 de março para responder a oito páginas de demandas.

    Autoridades ucranianas, porém, afirmaram que o documento representa uma completa capitulação.

    Com 450.000 habitantes, Mariupol se localiza na costa do Mar de Azov e é sede de um importante porto. Além disso, está a apenas 60 quilômetros da fronteira com a Rússia.

    A metrópole é alvo central na guerra de Vladimir Putin na Ucrânia – fornecendo uma ligação terrestre entre as forças russas na Crimeia, a sudoeste, e territórios controlados pela Rússia ao norte e leste.

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    A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, afirmou que Moscou deveria permitir que os milhares de moradores sitiados em Mariupol deixem a cidade.

    “Não podemos falar sobre a rendição”, disse Vereshchuk ao jornal Ukrainska Pravda. “Já informamos o lado russo”, completou.

    A mensagem para a rendição de Mariupol foi emitida pelo general russo Mikhail Mizintsev.

    Segundo o militar, os ucranianos que não entregarem suas armas vão enfrentar Corte Marcial caso sejam capturados.

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    “Pedimos às unidades das Forças Armadas da Ucrânia, batalhões de defesa territorial, mercenários estrangeiros para interromper as hostilidades, deponham suas armas”, disse.

    A ONU descreveu a situação humanitária na cidade como “terrível”, com “moradores enfrentando uma escassez crítica e fatal de alimentos, água e medicamentos”.

    A negativa do governo ucraniano acontece em meio a intensos bombardeios.

    Ao longo da madrugada de segunda, a artilharia russa atingiu alvos em todo o país, incluindo a capital, Kiev, onde ao menos oito pessoas morreram.

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    Uma das explosões teria afetado uma indústria química, provocando vazamento de amônia.

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