A China e o Japão também foram vítimas do ciberataque que atingiu mais de 150 países de todo o mundo. Segundo a imprensa asiática, mais de 29.000 instituições chinesas tiveram seus computadores invadidos pelos hackers desde sexta-feira.
Segundo a empresa de segurança na internet Threat Intelligence Center of Qihoo 360, muitas universidades e escolas estavam entre as empresas atingidas na China. Um total de 4.341 computadores, ou cerca de 15% das máquinas atacadas no país, pertenciam a essas instituições. Estações ferroviárias, postos dos correios, postos de gasolina, hospitais, shoppings e serviços governamentais também foram afetados.
No Japão, a Nissan Motors confirmou nesta segunda que algumas de suas unidades foram afetadas, mas afirmou que o ataque não causou grande impacto nos negócios. O conglomerado multinacional Hitachi também informou, por meio de um porta-voz, que os e-mails de seus funcionários ficaram lentos ou não foram entregues e que muitos arquivos não puderam ser abertos. A empresa acredita que os problemas estejam relacionados ao ataque, embora nenhum resgate tenha sido exigido.
O Japan Computer Emergency Response Team Coordination Center, uma empresa sem fins lucrativos que fornece suporte para ataques hackers, disse que 2.000 computadores em 600 empresas no Japão foram afetados até agora. Algumas máquinas pessoais também foram alvo do ciberataque.
O ataque
Usando ferramentas de espionagem que teriam sido desenvolvidas pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA), o ataque cibernético infectou dezenas de milhares de computadores no mundo todo desde sexta-feira. Os piores danos foram causados ao sistema de saúde do Reino Unido.
Os hackers enganaram suas vítimas, fazendo-as abrir anexos maliciosos em e-mails de spam que pareciam conter pagamentos, ofertas de emprego, avisos de segurança e outros arquivos legítimos.
Uma vez dentro da rede, os programas que exigiam resgates usaram ferramentas de espionagem recentemente reveladas para silenciosamente infectar outras máquinas sem nenhuma intervenção humana. Isso, segundo especialistas de segurança, marcou uma piora sem precedentes de riscos de novos ataques nos próximos dias ou semanas.