O governo de Seul será o primeiro comando de uma grande cidade a integrar o metaverso. A capital sul-coreana anunciou no início do mês um plano para disponibilizar diversos serviços públicos e eventos culturais no universo virtual. Se o plano for bem-sucedido, os moradores poderão comparecer à sede da Prefeitura, visitar um local histórico e até protocolar ações civis sem sair de casa, usando apenas óculos de realidade virtual.
O prefeito Oh Se-hoon pretende investir 3,9 bilhões de won (17,9 milhões de reais) para colocar o projeto em prática. A iniciativa faz parte de um plano maior que visa melhorar a mobilidade e aumentar a competitividade global da cidade.
A cidade deve começar a desenvolver seu próprio metaverso no final de 2022 e a expectativa é que ele esteja totalmente operacional em 2026. O universo abrigará uma variedade de funções, incluindo um gabinete virtual do prefeito e espaços para atender ao setor empresarial, como incubadoras de fintechs e uma organização de investimento público.
Antes mesmo da finalização do projeto, a cidade espera inaugurar em 2023 o Centro Metaverso 120, um centro virtual onde avatares irão lidar com as preocupações dos cidadãos que antes só podiam ser resolvidas indo fisicamente à Prefeitura.
O plano oferece poucos detalhes sobre exatamente quais dispositivos os cidadãos usarão para acessar a plataforma do metaverso. Equipamentos como óculos e fones de realidade virtual podem ser uma barreira para muitas pessoas, já que por vezes são vendidos a preços mais altos que smartphones e computadores.
O que é metaverso?
O mundo virtual onde as pessoas poderão interagir e realizar qualquer atividade — trabalhar, jogar, fazer compras, se divertir — é a mais recente aposta das gigantes da tecnologia. A ideia é que o metaverso seja uma espécie de internet 3D, onde comunicação, diversão e negócios existirão de forma imersiva e interoperável.
Neste universo virtual, as pessoas poderão interagir entre si por meio de avatares digitais. Esse mundo será criado a partir de diversas tecnologias, como realidade virtual, realidade aumentada, redes sociais e criptomoedas.