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Seul cobra indenização bilionária de líder evangélico por surto de Covid

Com liderança e fiéis se recusando a cooperar com autoridades nacionais, Igreja Sarang-Jeil é responsabilizada por mais de 1.000 novas infecções

Por Da Redação
Atualizado em 18 set 2020, 15h49 - Publicado em 18 set 2020, 15h34
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  • Uma autoridade municipal de Seul visita uma igreja na capital sul-coreana para verificar se as diretrizes anti-Covid-19 mais rígidas estão sendo bem seguidas - 13/09/2020 (YONHAP/EPA/EFE)

    A cidade de Seul anunciou nesta sexta-feira, 18, que processará Jun Kwang-hoon, líder da Igreja Sarang-Jeil, por seu papel em surtos de Covid-19 na Coreia do Sul desde o início da pandemia. A ação exigirá do pastor evangélico 4,6 bilhões de wons (cerca de 20,5 milhões de reais) em compensação por danos ao poder público.

    Desde 12 de agosto, quando foram registrados os primeiros casos recentes do novo coronavírus entre membros da igreja, mais de 1.100 infecções foram rastreadas à Sarang-Jeil.

    “Limitando-se apenas aos casos relatados em Seul, os prejuízos sofridos pela administração municipal, secretaria de transporte, escritórios distritais e serviço de saúde pública são estimados em 13,1 bilhões de wons (58,5 milhões de reais)”, diz o comunicado desta sexta-feira da Câmara Municipal.

    Segundo as autoridades, Jun não cooperou no rastreamento das infecções — tendo até mesmo fraudado documentos sobre os fiéis da Igreja —, motivo pelo qual ele é alvo de uma outra ação, um processo criminal movido pelo governo nacional por obstrução de monitoramento de casos.

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    O advogado Kang Yeon-jae, que representa Jun, argumenta que é impossível para o pastor cumprir a exigência de listar quem frequenta suas congregações “a não ser que a igreja seja trancada com uma porta que permita as pessoas entrarem [apenas após] passarem um cartão de identidade”.

    Jun também está envolvido no terceiro maior surto de Covid-19 no país após ter liderado uma manifestação anti-governo com milhares de pessoas em 15 de agosto — essa mobilização é relacionada a cerca de 600 novos infecções, incluindo o próprio Jun.

    Em resposta às autoridades nacionais, fiéis acusam o governo de perseguição religiosa, tendo em vista que Jun é crítico recorrente ao presidente sul-coreano, Moon Jae-in. Em especial, o líder religioso considera o presidente fraco nas relações diplomáticas com a Coreia do Norte.

    Precedente

    Esta não é a primeira vez em que uma igreja evangélica é associada a surtos de Covid-19 na Coreia do Sul. Em fevereiro, antes mesmo de a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretar uma pandemia, mais de 5.000 casos da doença foram rastreados até a Igreja de Jesus Shincheonji, na cidade de Daegu.

    No início de março, a igreja respondia por 73% dos casos da Covid-19 em todo o país — o primeiro e maior grande surto da doença na Coreia do Sul desde então. O líder da Shincheonji, Lee Man-hee, foi detido pelas autoridades após fornecer às autoridades sanitárias registros falsos sobre as congregações da igreja e sobre os seus membros.

    (Com EFE)

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