A onda de denúncias de assédio sexual nos Estados Unidos atingiu o senador e ex-comediante Al Franken. Ele foi acusado de beijar à força e tocar uma jornalista americana de forma inapropriada. Após as acusações, o democrata divulgou um pedido público de desculpas por seus atos.
A jornalista e radialista Leeann Tweeden denunciou o assédio na rádio KABC nesta quinta-feira. Tweeden contou que tudo aconteceu durante um tour pelo Oriente Médio organizada por uma ONG de apoio às tropas americanas.
Segundo a jornalista, Franken, na época comediante do programa americano Saturday Night Live, a beijou à força durante um ensaio de uma das apresentações que os dois fariam para entreter os soldados. “Dissemos o diálogo combinado e então ele avançou contra mim, me agarrou na nuca, espremeu os lábios contra a minha boca e enfiou a língua na minha boca”, contou.
O senador também teria tocado seus seios enquanto ela estava dormindo. Tweeden divulgou a foto do momento em que Franken a tocou, enquanto posava para a câmera. “Senti-me enojada e desrespeitada”, disse a jornalista.
Al Franken divulgou um comunicado se desculpando por seus atos, porém afirmou que não recorda do episódio do beijo forçado “da mesma maneira” que Tweeden contou. O senador – que chegou a ser apontado como candidato presidencial – também se desculpou pelo toque inapropriado e pela fotografia. “Quanto à foto, eu claramente queria ser engraçado, mas não teve graça. Eu não deveria ter feito aquilo.”
Assim que a denúncia foi ao ar, líderes do Congresso americano pediram que uma investigação sobre a conduta do senador fosse aberta no Comitê de Ética do Senado. A secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, também disse a jornalistas que uma investigação formal seria uma “ação apropriada” neste caso.